Leonardo Cabral em 05 de Abril de 2019
Arquivo/Site Pérola News
Paulo Rogério foi cassado em sessão realizada nesta sexta-feira
O presidente do Legislativo ladarense, Daniel Benzi (MDB), disse que a defesa de Paulo Rogério foi notificada, mas não compareceu ao ato processante. “Agora é publicar o decreto com a decisão da cassação. Apenas não votaram a vereadora Delari Bottega (PP), por ser suplente direta do processado e Fábio Seren da Silva (PMN) por compor a coligação”, disse Daniel Benzi. Também não participaram da sessão os vereadores Fábio Peixoto e Jonilson, que pediram afastamento, por serem parte dos denunciantes.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Presidente da Câmara, Daniel Benzi (à esquerda), presidiu a sessão de julgamento
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Sessão aconteceu sem a presença do advogado de defesa do vereador cassado
Seis perderam mandatos
Já são cinco os acusados de envolvimento em esquema de corrupção, que perderam o mandato. Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB); Lilia Maria Villalva de Moraes (MDB), Augusto de Campos (MDB), o "Gugu", Osvalmir Nunes da Silva (PSDB), o "Baguá", e Paulo Rogério.
Além dos vereadores, Carlos Anibal Ruso (PSDB) também perdeu o mandato de prefeito de Ladário.
Mensalinho
A Câmara de Ladário instalou três Comissões Processantes para apurar as acusações contra o ex-prefeito Carlos Ruso (PSDB), que teve o mandato cassado na segunda-feira (1º) e os sete vereadores. Foram três meses de trabalho.
Eles foram presos junto com o ex-secretário de Educação, Helder Botelho, no dia 26 de novembro de 2018, no caso que ficou conhecido como "mensalinho". A investigação do Gaeco e do Ministério Público Estadual apontou que para ter apoio político, Ruso pagava valores mensais ao grupo que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil. O esquema acontecia há mais de um ano. Indicação de cargos na Secretaria de Educação, pelos vereadores acusados, também fazia parte do "acordo" e quem cuidava da nomeação era o então secretário de Educação, Helder Botelho. Os parlamentares ainda teriam barrado uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que averiguava denúncias de irregularidades na Saúde.
Todos permanecem presos em Campo Grande. A pastora Lilia está em prisão domiciliar.
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