Leonardo Cabral em 03 de Abril de 2019
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Sessão de julgamento aconteceu na manhã de hoje em Ladário
“Por este motivo preferiram se abster de votar. Além disso, a sessão não teve a participação da defesa do parlamentar cassado, mesmo sendo notificada. Iremos publicar o decreto de cassação e informar à Justiça Eleitoral sobre a decisão”, explicou Daniel Benzi.
O advogado da Casa de Leis, George Fuentes de Oliveira, disse que a sessão seguiu todos os trâmites legais. “Tivemos uma sessão de julgamento normal, respeitando a ampla defesa contraditória do processo. Foram feitas intimações para que a defesa se fizesse presente ou solicitasse a videoconferência, mas não houve manifestação. Ainda esperamos por 40 minutos para iniciar a sessão , que acabou decidindo pela cassação do mandato", falou o assessor jurídico.
André Caffaro e Vagner Gonçalves
A defesa dos vereadores André Caffaro e Vagner Gonçalves impetrou mandado de segurança pedindo prazo para defesa e o pedido foi deferido pela Justiça
“Abriu-se prazo de defesa a mais para eles. Vamos colher o depoimento deles antes de seguir com as sessões aqui na Câmara. O prazo já está dado e eles deverão ser julgados até a próxima semana”, concluiu o presidente do Legislativo ladarense.
Mensalinho
A Câmara instalou três Comissões Processantes para apurar as acusações contra o ex-prefeito e os sete vereadores. Foram três meses de trabalho. Com a cassação de Augusto de Campos (MDB), já são três os casos julgados. O ex-prefeito Carlos Anibal Ruso (PSDB) teve o mandato cassado na segunda-feira (1º) e na terça (02), foi a vez do ex-vereador Osvalmir Nunes da Silva (PSDB), o Baguá, perder o mandato.
Eles foram presos com mais cinco vereadores e o ex-secretário de Educação Helder Botelho, no dia 26 de novembro de 2018, no caso que ficou conhecido como "Mensalinho". A investigação do Gaeco e do Ministério Público Estadual apontou que para ter apoio político, Ruso pagava valores mensais ao grupo que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil. O esquema acontecia há mais de um ano. Indicação de cargos na Secretaria de Educação, pelos vereadores acusados, também fazia parte do "acordo" e quem cuidava da nomeação era o então secretário de Educação, Helder Botelho. Os parlamentares ainda teriam barrado uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que averiguava denúncias de irregularidades na Saúde.
Foram presos além dos já citados: Vagner Gonçalves (PPS), Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB), André Franco Caffaro (PPS), Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN) e a pastora Lilia Maria Villalva de Moraes (MDB), que cumpre prisão domiciliar em Ladário.
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Helmut Martines da Silva: Espero que essa situação sirva de exemplo aos futuros candidatos a vagas eletivas e de livre nomeação. O dinheiro que pagou o "mensalinho" e outras propinas e desvios, é o dinheiro que está faltando na saúde, segurança e educação. Lembrem-se: "Um dia seremos cobrados por tudo que fizemos, bem como o que deixamos de fazer."
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