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Sem internet, vários serviços estão prejudicados em Corumbá

Leonardo Cabral em 31 de Outubro de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Aviso na porta de banco informa sobre interrupção nos serviços que dependem da internet

Os últimos dias têm sido de verdadeiro caos para quem depende da internet banda larga para realizar os mais diversos tipos de serviços, como transações bancárias e vendas no comércio, em Corumbá e Ladário.

Não é de hoje que a interrupção do serviço traz transtornos aos usuários, mas agora, os focos de queimadas no Pantanal e às margens da BR-262, entre Corumbá e Miranda, atingiram cabos de fibra óptica. Além da internet, o sistema de energia elétrica também foi afetado, ocasionando diversas quedas de energia  desde domingo (27). Ainda como consequência do problema, os picos afetam as redes de abastecimento de água de Corumbá e Ladário, que são alimentadas pela energia elétrica. Com as quedas, as operações são interrompidas e boa parte da região, principalmente da parte alta, fica desabastecida, isso em dias que a temperatura tem chegado aos 40ºC.  

No centro de Corumbá, muitos comerciantes também sofrem as consequências da falta do sinal da banda larga, pois sem a internet, as vendas são atingidas diretamente, já que a maioria dos consumidores utiliza cartões de crédito, débito e até mesmo cartões privados de lojas para pagar as compras.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Derci teve que deixar produtos separados porque o pagamento com cartão não funciona

Em uma loja de calçados, nos últimos três dias, as vendas registraram queda por conta do problema. “Nós temos a rede via satélite, mas até isso não está funcionando. A cidade toda está ilhada. Grande parte das lojas e bancos foi afetada. Só aqui na loja, o prejuízo chega a 30%, fora a queda de movimento por parte dos bolivianos, que são hoje, a principal clientela”, falou a gerente ao se referir às manifestações do lado boliviano que fecharam a fronteira há mais de uma semana por suspeita de fraude na eleição presidencial.  

A consumidora Derci Gomes, que estava acompanhada da filha, veio à loja de calçados, para fazer compras para a família. Na hora de pagar, com cartão, a solução foi deixar a sacola de  produtos reservada. “Vim, escolhi os sapatos, mas por causa da internet, não tem como fazer o pagamento, estou deixando os produtos separados e guardados. Quando o sistema voltar, retorno aqui e pego. Mas e se fosse um remédio e a pessoa tivesse precisando com urgência? Ficaria sem. O problema está crítico”, falou Derci ao Diário Corumbaense.

Sem ter o que fazer, o empresário Daniel Mendonça Seoane, veio até uma agência bancária, localizada na rua Frei Mariano, e, mesmo diante do aviso colocado na porta, entrou e tentou fazer as operações de saque e depósito. Sem sucesso.

“É um problema que virou corriqueiro,  Corumbá sem internet. Temos compromissos que precisam ser cumpridos. Isso atrasa todos os nossos andamentos burocráticos, como pagamentos de boletos bancários, saques, depósitos. Nós que temos empresa necessitamos muito da internet. É a nossa via de comunicação necessária para o dia a dia. Além disso acumula serviço, até mesmo no que se refere ao pagamento de encargos municipais, temos prazo para isso”, disse Daniel.

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