Leonardo Cabral em 06 de Outubro de 2020
Diário Corumbaense
Serra do Amolar é uma das regiões que mais sofre com as queimadas
A região recebeu reforço de novos meios aéreos, terrestres e navais. Estão atuando em Corumbá e Ladário sete aeronaves da Marinha do Brasil (MB), Polícia Militar de Minas Gerais, Governo de MS e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), utilizadas em voos de reconhecimento, transporte de pessoal e material às regiões mais distantes e de difícil acesso.
Além disso, estão sendo empregados na rodovia BR-262 e no rio Paraguai três viaturas do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN) e o Navio Transporte Fluvial Almirante Leverger, com o objetivo de aumentar a capacidade de localização de novos focos e o pronto acionamento de equipes de combate.
150 combatentes
Divulgação / Marinha Equipe sendo deslocada para compor a Base de operações na Serra do Amolar
A previsão é que a operação ganhe o reforço de mais sete caminhões-pipa do Exército Brasileiro e do Corpo de Bombeiros do Paraná.
A Operação de combate às queimadas no Pantanal foi deflagrada pelo Ministério da Defesa em 25 de julho e suas ações obtiveram resultados significativos nos dois estados. O baixo nível dos rios, a ausência de cheias no bioma no último ano, o acúmulo de material combustível e a vegetação extremamente seca, no entanto, favorecem o surgimento novos focos de incêndios.
Em Mato Grosso, que concentra 1/3 do Pantanal, equipes de combate compostas por bombeiros militares do estado e fuzileiros navais do Comando do 6º DN permanecem atuando.
Uma das mais belas paisagens pantaneiras é a Serra do Amolar: formação rochosa localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia, entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS). É a maior em altitude e extensão (80 km). No entorno da Serra do Amolar estão, no Brasil, o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e três Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs. Na Bolívia, existem o Parque Nacional de Otuquis e a Área Natural de Manejo Integrado San Matías.
A Serra, considerada como uma área prioritária para conservação, faz parte do Maciço do Amolar que inclui também a Ilha Ínsua e as morrarias Novos Dourados, Santa Tereza, Castelo e outras. O Maciço regula a umidade local, beneficiando a vida de suas florestas que servem de abrigo para animais que fogem das águas durante a cheia pantaneira.
No fim do século XIX e início do século XX, o rio Paraguai se destacou como importante via de navegação comercial no mundo, interligando as cidades pantaneiras à Bacia do Prata, e a cidades portuárias da Europa, o que trouxe crescimento econômico significativo para Corumbá. Nesta época, dezenas de famílias da Vila do Amolar ajudavam no desenvolvimento local produzindo rapadura, farinha de mandioca e caçando animais silvestres para comercialização. Na década de 1960, com mudanças na legislação, a caça e comercialização destes animais foram proibidas. Com informações Ecoa.
09/10/2020 Ministério da Justiça envia mais 71 bombeiros de Brasília para reforçar combate ao fogo no Pantanal
09/10/2020 Combate aos focos de incêndios se intensifica em sete frentes em MS
07/10/2020 Área devastada pelo fogo chega a quase 4 milhões de hectares no bioma Pantanal
05/10/2020 Cartão postal da fronteira, Mirante de Puerto Suárez também sofre com estiagem e queimadas
05/10/2020 Força-tarefa combate fogo que ameaçava casas de moradores de Porto Esperança
03/10/2020 Governador propõe criação de brigada permanente para combater queimadas no Pantanal
03/10/2020 Força Nacional vai reforçar combate aos incêndios no Pantanal de MS
02/10/2020 Grupos se unem e arrecadam frutas para animais atingidos pelas queimadas no Pantanal
02/10/2020 Comissão do Senado vem a Corumbá neste sábado para acompanhar ações contra queimadas
02/10/2020 Entidades e pantaneiros dizem que já sabiam do risco de catástrofe na região
01/10/2020 Bombeiros de Corumbá combatem fogo na Baía do Tamengo
01/10/2020 Marinha percorre BR-262 para localizar focos de incêndios
01/10/2020 Equipamentos para dar apoio às equipes no combate às queimadas chegam a Corumbá
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.