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Combate ao Aedes aegypti volta a contar com o "fumacê" em Corumbá

Leonardo Cabral em 18 de Janeiro de 2020

Divulgação

Corumbá receberá o inseticida na próxima semana

Após quase nove meses, Corumbá voltará a realizar a aplicação de inseticida por meio de bomba motorizada, popularmente conhecido como "fumacê". A medida foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde como uma das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Conforme a secretaria, o inseticida chega ao Estado na segunda-feira, 20 de janeiro, e será imediatamente encaminhado para Corumbá. “Toda logística já está organizada e assim que o inseticida, que é um auxílio, mas volto a reforçar que o combate ao mosquito transmissor depende, em grande parte, do trabalho do próprio cidadão, em eliminar os focos dentro de sua casa”, explicou o secretário de Saúde, Rogério Leite.

Para Mato Grosso do Sul, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o Ministério de Saúde encaminhou 9,6 mil litros de Malathion e 100 kg de pyriproxefen. A quantidade que cada município receberá vai depender do número de notificações.

O Ministério da Saúde informou que o motivo do desabastecimento do inseticida, que teve início ainda em maio de 2019, foi em  decorrência de problemas com a formulação da empresa responsável pelo produto, que causou vazamento das embalagens, impossibilitando o uso e ocasionando um desabastecimento momentâneo do produto em todo o território nacional.

Notificações só crescem

De 30 de dezembro até sexta-feira, 17 de janeiro, Corumbá já registrou 429 notificações suspeitas da doença. A cidade também registou uma morte por dengue do tipo mais grave, no dia 09 de janeiro, quando um rapaz de 29 anos, morreu no CTI da Santa Casa. No Estado, já são três mortes, um jovem de 17 e um homem de 30 anos. Eles eram moradores de Sete Quedas e Campo Grande.

Em Corumbá, preocupa também a situação nas cidades da Bolívia que fazem fronteira com o município pantaneiro. Na última terça-feira, 14 de janeiro, uma menina de nove anos, da cidade de Puerto Suárez, morreu por suspeita de dengue. Os familiares dela, mãe e três irmãos, estão internados naquela cidade, mas um outro irmão dela está internado na Santa Casa de Corumbá, após apresentar os mesmos sintomas da doença. 

O plano anual de contingência de dengue está implantado na rede municipal desde novembro, quando foi iniciado o combate mais expressivo. De acordo com o Ministério da Saúde, 11 Estados brasileiros poderão ter um surto em 2020.

A intensidade de circulação desses sorotipos se alterna pelo país de tempos em tempos. No final de 2018, começou a circular principalmente no Sudeste e Centro-Oeste um tipo diferente dos anos anteriores, o sorotipo 2, denominado dengue grave, popularmente conhecida por hemorrágica.

O secretário de Saúde de Corumbá ressalta que a finalidade do fumacê é separar o macho da fêmea mecanicamente. “Mas isso não diminui novos casos. Os ovos depositados nos criadouros irão eclodir e povoar os domicílios de novos insetos. As ações individuais e da comunidade é que possuem impacto efetivo nesse momento”, afirmou Rogério Leite reforçando que o Aedes aegypti é um mosquito doméstico, por isso a importância de a população estar se atentando aos cuidados de prevenção dentro de casa.

É fundamental que o paciente procure as Unidades de Saúde logo no início dos sintomas. O Município tem  estoque necessário de soro fisiológico e soro de reidratação oral, utilizados no processo de recuperação.

Os principais sintomas da dengue são: febre alta, maior de 38.5ºC; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Com informações da assessoria de comunicação da PMC.

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