Campo Grande News em 25 de Fevereiro de 2025
Gabriela Couto/Arquivo Campo Grande News
A proibição da pesca causa tanta polêmica que plenário e saguão lotaram durante debate semana passada
No começo do ano legislativo, o assunto voltou à tona e foi realizada uma audiência pública na sexta-feira passada, lotando o plenário da Assembleia. A ideia do deputado opõe pescadores esportivos, que praticam o pesque e solte, e os pescadores que vivem da atividade pesqueira. Estes envolvem mais de 8 mil famílias reunidas em 14 colônias.
Os que têm a pesca como lazer defendem a proibição pelo período proposto por Razuk, cinco anos. A alegação é que com o defeso haverá a ampliação dos recursos pesqueiros no Estado, favorecendo o turismo adiante. Já os profissionais precisam da atividade para o sustento. No período da piracema, que termina neste final de semana, eles recebem auxílio do poder público porque ficam impedidos de pescar. O deputado passou a defender a proibição sem apresentar dados técnicos, apontando que se baseia na proteção dos recursos pesqueiros.
Razuk defende que esse tipo de auxílio seja estendido para o período de proibição que ele propõe. Com os debates, hoje fala-se em 13 espécies e não mais nas 29 mencionadas no projeto original. Elas incluem exatamente peixes reconhecidos dos rios pantaneiros, como o pacu e o pintado. Constam ainda: dourado, jaú, piraputanga, cachara, curimba, piracanjuba, jurupensém, jurupoca, piabuçu, palmito e barbado.
O dourado já é proibido desde 2019 e no final deste mês deve se encerrar o prazo da vedação à pesca. Havia expectativa de que fosse apresentado um estudo sobre a espécie, o que não foi feito, então há possibilidade de prorrogação da proibição da pesca.
Ao anunciar a reunião, esta manhã, Razuk apontou que será possível “definir os últimos critérios e, ai, sim, levar essa lei adiante. É uma reunião pequena com os principais representantes para que possamos chegar a uma composição e assim dar andamento a essa lei, que é de extrema importância para nós".
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