Leonardo Cabral em 11 de Setembro de 2020
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Fumaça encobrindo a cidade já até virou rotina neste período de tempo seco
Os pontos de queimadas estão concentrados na região Norte de Mato Grosso. A fumaça vem dessa área para Corumbá. Mas, focos de queimadas próximos à área urbana da cidade e também em terrenos baldios, contribuem para a densa camada de fumaça sobre o município pantaneiro.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, nesta sexta-feira (11), uma equipe está na região da Nhecolândia, onde há fogo em vegetação de grande proporção. Eles foram deslocados com apoio de um helicóptero da Marinha do Brasil. Focos de incêndio também foram registrados na região do Porto da Manga.
Foto enviada ao Diário Corumbaense Fogo na região da Nhecolândia é de grande proporção
Causas dos incêndios
Esses incêndios, que já devastaram grande área do Pantanal de Corumbá, em Mato Grosso do Sul e seguem no Pantanal de Mato Grosso, são ocasionados por vários fatores, como a falta de chuva, baixa umidade relativa do ar e à ação do próprio homem, às vezes por descuido ou com a intenção de provocar as queimadas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Corumbá tem 4.686 focos de queimadas registrados em 2020. A cidade segue liderando o ranking de municípios com maior número de focos de calor no Brasil. Nas últimas 48h, foram 95 focos.
Já o bioma Pantanal soma 12.703 focos de queimadas. Maior número de incêndios dos últimos anos.
Mais de 2 milhões de hectares
As queimadas no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já devastaram uma área de 2.349.000 hectares, segundo informa o último relatório emitido pelo Ibama/Prevfogo/Laboratório de aplicações de satélites ambientais.
Só no Pantanal de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, foram 1.081.000 hectares, consumidos pelo fogo. Em MT, o total de área devastada foi de 1.259.000 hectares.
Sobre a chuva para amenizar a sensação de deserto que atinge Mato Grosso do Sul, ela deve chegar de forma isolada a partir do aumento de nuvens entre os dias 15 e 17 em algumas regiões, segundo o meteorologista Natálio Abraão. As condições atuais de predomínio da massa de ar seco só devem enfraquecer após o início da primavera no dia 22 de setembro.
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