Leonardo Cabral em 30 de Julho de 2020
Diário Corumbaense
Ribeirinho Alfredo Reis recebendo orientações: "primeira vez"
As equipes estão entre a Ilha do Itajiloma e a ponta do aterro da Baía Negra, região mais conhecida como Codrasa, em Ladário. Nesses locais, o capitão Diego Ferreira, comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar Ambiental em Corumbá, disse que o principal objetivo é fiscalizar a origem dos incêndios.
“Tem muita queimada que não conseguimos identificar a origem, mas temos constatado também que algumas pessoas têm se aproveitado dessa situação para fazer a limpeza das suas áreas e de maneira irregular. A meta é autuar quem se aproveitou da situação das queimadas para realizar esse tipo de ação”, falou tenente Diego frisando ainda que a PMA já vem fazendo fiscalização preventiva e repressiva.
Ele ainda salientou que as autuações e multas para os responsáveis vão depender da caracterização do ambiente, se foi em área urbana ou rural e qual foi o alcance da queimada. “A autuação e multa podem ir desde uma autuação simples, com multa de R$ 500,00 e pena de detenção de três meses até uma questão de poluição mesmo, que é mais grave, podendo chegar até 50 milhões de reais e reclusão de dois a quatro anos”, afirmou o comandante da PMA.
Já o chefe do Estado-Maior do Comando do 6° Distrito Naval, capitão de mar e guerra (FN) Alexandre José Gomes Dória, disse que também é importante a conscientização da população ribeirinha em relação à prevenção desses focos de incêndio, principalmente nesse período de seca e sem chuva. “Estamos em um ano atípico, o Pantanal está bastante seco, então é muito importante que as pessoas façam sua parte, pois pequenos focos podem fugir do controle e causar grandes danos”, alertou.
“No início da Operação Pantanal, dia 25, foram contabilizados 20 focos de incêndio nos municípios de Corumbá e Ladário, chegando a 22. Ontem (quarta-feira), foram contabilizados seis focos no total, sendo que três são novos, ou seja, já conseguimos combater 19 focos”, informou o oficial da Marinha.
Foto enviada ao Diário Corumbaense Fogo já devastou boa parte de áreas do Pantanal de Corumbá
Combate
As equipes em terra, brigadistas da Marinha, Ibama/Prevfogo e Bombeiros, estão combatendo as chamas em regiões próximas da área urbana de Corumbá. Eles se deslocaram em embarcações e também no helicóptero Pantera do Exército e Blackhalk (H60) da Força Área Brasileira (FAB), que também integram a Operação Pantanal.
Já as aeronaves que realizam as inserções de água nos focos de incêndios em locais considerados de difícil acesso, devem continuar com o combate, com o reforço do avião Hércules, da FAB, que está baseado no Aeroporto de Campo Grande e pode lançar até 12 mil litros de água por voo.
Corumbá segue liderando o ranking de queimadas por município este ano, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). São ao todo 2.684 focos de calor este ano. Nesses trinta dias de julho, a cidade registrou 911 focos. Nas últimas 48h, a cidade teve 53 focos.
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