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Hospital aguarda aval de cirurgião para dar alta ao menino torturado pelos tios

Campo Grande News em 08 de Março de 2016

O MPE (Ministério Público Estadual) e o abrigo de acolhimento ainda não receberam a confirmação de alta do menino de 4 anos, que estava prevista para esta terça-feira (08). Conforme a assessoria de imprensa da Santa Casa de Campo Grande, a criança recebeu atendimento de uma equipe multidisciplinar e só será liberada após o aval de todos os especialistas.

Divulgação

O menino, na imagem fantasiado de Homem Aranha, no hospital, ainda aguarda a avaliação de um cirurgião plástico

O paciente, passou no último fim de semana, por uma pulsão em uma das orelhas e a médica responsável pelo setor não quis liberá-lo antes da visita do cirurgião plástico. Como a alta acontece apenas na parte da manhã, a liberação ficou para esta quarta-feira (09). Assim que o menino receber a alta hospitalar, a assistente social da unidade vai entrar em contato com a promotoria e conselho. O garotinho deve ser encaminhado para um abrigo até que a Justiça resolva a situação dele.

A assessora do promotor Nicolau Bacarji Júnior, da 33ª Promotoria de Campo Grande, responsável por acompanhar o caso informou que, por enquanto, não vai comentar o caso. O Campo Grande News também entrou em contato com o Tribunal de Justiça para saber qual será o procedimento depois que a criança sair do hospital, mas ainda aguarda retorno. Procurado, o Conselho Tutelar explicou que o procedimento que envolve o menino está sob responsabilidade da Justiça.

Tratamento

O menino recebeu tratamento clínico para queimaduras e abcessos na face e orelha. O paciente respondeu bem aos antibióticos e as lesões têm melhora visível. Ele é acompanhado por uma cuidadora. A criança está internada desde 23 de fevereiro na Santa Casa e não corre mais o risco de ficar cega. 

Quatro pessoas, inclusive os tios da criança que tinham a guarda dele, estão presas suspeitas de torturar o menino em rituais de magia negra. As agressões ocorriam com cabo de vassoura e o garoto era queimado com charutos e água quente, além de tapas e socos.