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Mulher que torturou sobrinho deve ficar em Corumbá, admite direção da Agepen

Da Redação em 25 de Fevereiro de 2016

Passado o princípio de rebelião promovido pelas detentas na manhã desta quinta-feira, 25 de fevereiro, e com a situação controlada no Estabelecimento Penal Carlos Alberto Jonas Giordano após a transferência de Conceição Vargas da Cruz, de 31 anos, para uma cela isolada da Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Ailton Stropa Garcia afirmou ao Diário Corumbaense que a mulher – presa em Campo Grande por torturar o próprio sobrinho de apenas quatro anos em rituais de magia negra – deverá ser mantida na unidade prisional de Corumbá.

“A ideia é que inicialmente permaneça em Corumbá. Vamos deixar uns dois, três meses para a gente conseguir contornar a situação do presídio. Estamos transferindo algumas presas, as mais exaltadas. A ideia é trazer a mulher de volta para o presídio, porque não podemos transferi-la para tudo quanto é lugar”, disse o presidente da Agepen.

Divulgação/Agepen

Diretor-presidente da Agepen disse que presídio de Corumbá tem melhores condições para isolamento individual de internas

Stropa explicou que agora a Administração do Sistema Penitenciário vai atuar para amenizar a revolta das outras reeducandas com a presença de Conceição Vargas no presídio corumbaense. “Vamos trabalhar para contornar essa questão nos próximos dias. Vamos deixá-la na delegacia, porém, não dá para ficar muito tempo. Mas , o tempo que for possível até a situação se normalizar e conseguirmos que ela seja aceita em uma das nossas unidades. Em princípio a ideia é manter em Corumbá. Vamos analisar todas as possibilidades”, disse.

Para garantir uma situação mais segura para a permanência de Conceição no Estabelecimento Penal Carlos Alberto Jonas Giordano, a Agepen vai transferir as detentas que mais se exaltaram com a presença, entre elas, da mulher que torturou o sobrinho de quatro anos. “A situação está tranquila e sob controle no presidio agora. Estamos remanejando cinco presas para outras cidades. São as mais exaltadas”, antecipou Stropa.

A escolha pelo Estabelecimento Penal de Corumbá se justificou pelo fato de a unidade reunir melhores condições para o isolamento individual e ter uma quantidade menor de internas que o presídio feminino da Capital do Estado. “O presidio em Campo Grande tem o dobro de presas e nossa cela individual aqui é no mesmo pavilhão das demais , assim a situação seria muito complicada. Temos menos presas em Corumbá e há possibilidade melhor de controle da situação, a cela individual fica separada”, finalizou o diretor-presidente da Agepen.

Tortura qualificada e mais dois presos

Além de Conceição, foram presos o marido dela, Arnaldo Pavão, 46 anos, que está no Instituto Penal de Campo Grande, e o sobrinho do casal, Giovani da Silva Ortiz, 18, capturado em Aquidauana. Todos vão responder por tortura qualificada e abandono de incapaz. A pena é superior a 10 anos de prisão. 

 

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