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"Cinema e edifício Anache não estão abandonados", diz jornalista

Rosana Nunes em 14 de Outubro de 2013

Com a decisão da Prefeitura de Corumbá de recorrer à Justiça contra proprietários de imóveis, definidos por ela como abandonados, o jornalista e radialista Armando de Amorim Anache, representando o pai Armando Anache, de 83 anos, explicou a este Diário que o Edifício Zahran Anache  e o Cine Anache “jamais foram” e “não estão abandonados”. Ele esclareceu que o espaço onde ficava instalado o cinema não sofreu interdição judicial e sim, o edifício é que de fato, foi interditado pela Justiça em 2011. E ainda de acordo com ele, ambos não apresentam problemas na estrutura física que os sustenta.

“Conforme informação passada pelo meu pai, Armando Anache, 83 anos, o Cine Anache jamais foi interditado por meio de ação judicial. Isso ocorreu com o Edifício Zahran Anache, que tem 12 andares e foi construído pela família, acima das duas sobrelojas do cinema. Portanto, é bom que fique claro, principalmente para as pessoas que não leram os autos do processo em tela, que não existe ‘abandono do edifício ou do cinema’. O primeiro foi interditado e, ressalto, não por problemas na sua estrutura física. O segundo, teve as portas fechadas por falta de público para assistir aos filmes ou peças teatrais, depois da reforma geral de 1999, quando foi reinaugurado, no fim do ano”, informou o jornalista.

Armandinho, como é mais conhecido o jornalista e radialista, ressaltou existir “diálogo muito bom” entre proprietários dos apartamentos e do cinema visando a recuperação de todo o prédio. O assunto já foi tema de reunião entre as partes envolvidas. “Cine Anache não tem problemas estruturais. Ele foi inteiramente reformado e reinaugurado no fim do ano de 1999, obedecendo todas as mais rígidas normas técnicas da engenharia, por meio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e do Corpo de Bombeiros”, disse.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Cine Anache foi inaugurado em 1964 e reformado em 1999; fechou por falta de público, segundo jornalista

O cinema e as sobrelojas do edifício já despertaram o interesse no mercado imobiliário, disse Armando de Amorim Anache. “Ainda mais recentemente, em setembro de 2013, fui procurado por uma pessoa de Corumbá que me perguntou quanto custaria o Cine Anache e mais as duas sobrelojas, acima dele. Disse que, de pronto, não tinha a resposta. Procurei um profissional de arquitetura que, neste momento, trabalha na avaliação dos imóveis”, afirmou.

Abandonados jamais

O Edifício Zahran Anache e o Cine Anache em momento algum foram deixados de lado pela família, argumentou. “Edifício e cinema jamais foram abandonados e não estão abandonados. Os acessos aos imóveis estão devidamente fechados. Se eles são invadidos, é porque alguém ou um grupo superou ou quebrou obstáculo colocado pelo legítimo proprietário, o que caracteriza invasão e, claro, tem a ver com a segurança pública ou, ainda, com a assistência social pública, nos casos de seres humanos transformados, infelizmente e por variados motivos, em mendigos, pedintes ou dependentes químicos”, disse ao comentar sobre a classificação de estado de abandono apontado pelo Executivo Municipal ao anunciar ações judiciais para responsabilizar donos de três grandes imóveis na cidade.

Ele também falou sobre a limpeza do cinema. “A limpeza é feita periodicamente na área do Cine Anache. No entanto, o forte vento, às vezes, causa a entrada de novos materiais, tais como embalagens plásticas que vêm da rua, papeis e embalagens. Sugeri que sejam colocadas placas de madeira, do tipo daquelas usadas em tapumes de obras, para cobrir toda a área de entrada e saída do cinema, impedindo a circulação de pessoas invasoras pelo local e ajudando na contenção de objetos que entram, em razão do vento forte, nas duas saídas e na sala de espera do cinema. Há uma preocupação muito grande em manter toda a área limpa, colaborando com a saúde pública”, contou. "Se cada cidadão fizer um pouquinho, em prol da cidade, inclusive acatando ideias e sugestões, teremos um local melhor para viver", completou o jornalista.

"A família construiu todo o cinema e, também, o Edifício Zahran Anache, com duas sobrelojas e mais 12 andares, com quatro apartamentos por andar, usando sempre recursos próprios e oriundos de empréstimos bancários lícitos, com dinheiro também obtido no comércio local, de maneira legal; certamente, hoje em dia, com tantos empresários ilustres e conceituados e com forte lastro monetário, que são proprietários dos apartamentos e estão envolvidos nessa questão, certamente será muito fácil levar a cabo uma simples reforma", finalizou Armandinho, ao citar uma declaração do pai (ex-prefeito e ex-deputado estadual) sobre a viabilidade de reformar prédio.

O Cine Anache foi inaugurado em 13 de novembro de 1964. Cerca de três anos depois, foi inaugurado o Edifício Zahran Anache, com 12 andares; além das duas sobrelojas, em cima do cinema.

Comentários:

rafael fernandes: Neste momento em passa pelo cunho da justiça por interesses legais, existem várias formas de sanar o problema, como uma grande reforma estrutural e não pequena reforma. Já que como mencionado acima, grandes ilustres empresários poderiam abraçar esta causa mas abrangente e não paliativa, como sabemos o mercado imobiliário flutua de acordo com a oferta se não temos o produto para ofertar logo não teremos a procura e ao invés de deixar com que este patrimônio vai pro ralo façamos uma coisa óbvia, é claro sabemos que também não é simples assim porém se não fazermos por onde tudo é em vão. um abraço.....

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