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Com quase 30% de área devastada, focos de queimadas foram extintos no Pantanal

Leonardo Cabral em 13 de Novembro de 2020

Divulgação/Ibama Prevfogo

Equipes atuaram durante meses no combate às queimadas em MS e MT

Quase 30% do bioma Pantanal foram consumidos pelo fogo, que devastou, por alguns meses, a maior área alagada do Planeta, mas que já foi controlado. Um dos poucos focos de calor em vegetação que persistiam na região de Mato Grosso do Sul, na Serra do Amolar, foi extinto, conforme o Ibama/PrevFogo.

A área total devastada pelas queimadas chega a 29%, conforme aponta o relatório semanal emitido pelo Ibama/Prevfogo, no último dia 09 de novembro. Segundo os dados, ao todo, o fogo destruiu uma área de 4.344.000 hectares, sendo 2.399.000 hectares correspondentes ao Estado vizinho, Mato Grosso e 1.944.000 hectares, em Mato Grosso do Sul.

No Pantanal de Corumbá, os trabalhos, no início de novembro, estavam concentrados na região da Serra do Amolar, que teve mais de 60% das áreas legalmente protegidas atingidas. Outro ponto de ação era o Parque Nacional do Pantanal, que teve 99% da área devastada. Brigadistas do Ibama/Prevfogo e militares do Corpo de Bombeiros, que estavam atuando na região da Serra do Amolar, já foram desmobilizados.

Divulgação/Ibama Prevfogo

Equipes foram desmobilizadas após focos serem extintos, mas segue monitoramento

De acordo com o analista ambiental do Ibama/Prevfogo MS, Alexandre Pereira, as equipes de combate permaneceram na Serra do Amolar, até terça-feira (10. “Os incêndios florestais que assolavam o Pantanal foram controlados e extintos, permanecemos na área vigilando até o início desta semana, pomo nenhum outro foco foi identificado e todos os outros incêndios foram extintos, as equipes foram desmobilizadas. No entanto, alguns focos permaneciam queimando no Parque Nacional, mas também desde ontem (12) as equipes que estavam lá, informaram fogo extinto”, falou ao Diário Corumbaense.

Ainda conforme ele, no momento não há grandes focos no Pantanal, “o que há são alguns pequenos focos isolados, mas que não despertam perigo, as chuvas têm ajudado no controle dos incêndios no bioma. Mas seguimos com o monitoramento desses focos de calor ou de qualquer outro incêndio que possa surgir”, declarou frisando que agora o Pantanal deve “renascer”, com o surgimento de áreas verdes em meio a cinzas deixadas pelas chamas.

Chuva

Nesta sexta-feira (13), a previsão é de chuva forte para Corumbá e Ladário. Isso pelo fato de as áreas de instabilidade se espalharem pelo Estado, principalmente nas duas cidades pantaneiras, bem como Miranda e Porto Murtinho. As pancadas de chuva devem ser fortes e intensas provocando temporais entre a tarde e começo da noite. Também há alerta de trovoadas e relâmpagos com rajadas de vento. A previsão é do meteorologista Natálio Abraão, do centro meteorológico da Uniderp Agrárias, em Campo Grande.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, aponta que de janeiro até agora, o bioma Pantanal registrou 21.752 focos de incêndio. Isso significa que houve um aumento de 131 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. 

Corumbá tem um total de 8.117 focos de janeiro até agora. É o município com maior número de queimadas no Brasil. Só nestes 13 dias de novembro, a cidade registrou 132 focos. Porém, na lista do INPE, a cidade aparece sem registro nas últimas 48h.

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