Portal de Notícias de MS em 23 de Julho de 2020
Divulgação
Sobrevoos na região foram feitos com apoio da Marinha
Em reunião no Comando Militar do Oeste (CMO), o chefe do Centro de Proteção Ambiental (CPA) do Corpo de Bombeiros Militar (CPA), tenente-coronel Waldemir Moreira Júnior, apresentou o plano de operações da corporação para o controle dos incêndios no bioma.
A ideia é conseguir helicópteros para o deslocamento de militares que vão desenvolver estratégias de combate às chamas. Através do sobrevoo é possível entender o comportamento do fogo. Na região, a Marinha já apoia as ações de contenção das chamas com viagens aéreas.
No Pantanal de Corumbá e Ladário, o fogo consome a vegetação nos seguintes pontos considerados críticos: Porto da Manga, Rabicho, Codrasa/Baía Negra, norte da Codrasa, Itajiloma/Baía do Tuiuiú, acima do rio no Itajiloma, Maracangalha e Fazenda Califórnia.
Segundo o Corpo de Bombeiros, militares e brigadistas do Prevfogo estão atuando na Baía do Tuiuiú. O deslocamento até o ponto, que fica cerca de 20 quilômetros da cidade, é realizado em embarcações, o que limita o campo de atuação do pessoal em solo devido à dificuldade do bioma.
O fogo que consome a biomassa da região do Itajiloma/Baía do Tuiuiú é o responsável pelo grande volume de fumaça registrado nos últimos dias sobre as cidades de Corumbá e Ladário. Essa condição afeta a saúde respiratória da população. Por isso, a prioridade de combate nesse local.
Ainda de acordo com o tenente-coronel Moreira, pedido de apoio logístico também foi enviado ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Nesse caso, foi solicitado emprego de avião que retira água do rio e joga sobre os focos de incêndio.
Ação humana
Segundo os militares do Corpo de Bombeiros, 99% dos incêndios florestais são provocados pela ação humana. No Pantanal, eles acontecem por negligência ou de forma criminosa, avalia o tenente-coronel Fernando Carminatti, relações públicas da corporação.
Queimas de lavouras para renovação de pasto não permitidas podem sair do controle e gerar incêndios. Já o fogo provocado por pescadores e ribeirinhos, em fogueiras para espantar mosquitos, por exemplo, podem não ser apagados e provocar incêndios grandiosos.
Por isso, os militares pedem consciência da população em relação às queimadas. Como a previsão do tempo para o Pantanal para as próximas semanas é de elevadas temperaturas e umidade relativa do ar com índices abaixo de 30%, a situação tende a se agravar mais na região.
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