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Fronteira segue fechada e medidas "mais duras" podem ser tomadas se governo não revogar lei

Leonardo Cabral em 13 de Novembro de 2021

 

Diário Corumbaense

Fronteira está fechada há seis dias

A fronteira entre a Bolívia e Corumbá, segue fechada. Neste sábado, 13 de novembro, já são seis dias de “Paro indefinido” do lado boliviano, contra leis aprovadas pelo governo de Luis Arce, que em meio às manifestações, convocou diálogo com as lideranças que encabeçam os manifestos.

Nas cidades de Puerto Suárez e Puerto Quijarro, existem três pontos de bloqueios, sendo dois em “ponta carretera”, na estrada Bioceânica e o principal, na ponte que delimita os dois dois países. Caminhões, montes de terras, galhos, estão como “escudos”, para impedir o tráfego de veículos na região. Apenas é permitida passagem de pedestres. 

Depois de uma semana de fechamento da fronteira, a mobilização vai tomar medidas mais duras caso o governo não atenda o que os manifestantes pedem. “Aqui apenas a fronteira foi fechada, mas a partir de segunda, intensificaremos ainda mais, com horário de funcionamento do comércio e também de serviços bancários”, declarou ao Diário Corumbaense Antonio Chávez Mercado, presidente do Comitê Cívico Arroyo Concepción.

Ele ainda adiantou que em relação ao diálogo proposto pelo governo, boa parte deles não deve comparecer, “não querem conversa o que pedem é que a lei seja revogada”, afirmou.

"Aqui não se negocia nada se não houver revogação. É uma batalha que será ganha por todos, com sacrifício, com suor, com fome, deixando suas casas e filhos momentaneamente, mas por uma luta importante que manterá a Bolívia unida”, disse o presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Rómulo Calvo ao jornal El Deber.

Os manifestantes exigem que o governo de Luis Arce, presidente da Bolívia, revogue a Lei N° 1386, que permite ao governo investigar o patrimônio de qualquer cidadão sem ordem judicial, o que levou a comissão multissetorial a convocar a greve nacional.

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