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Em novo protesto contra aprovação de leis, bolivianos fecham a fronteira com Corumbá

Leonardo Cabral em 08 de Novembro de 2021

Diário Corumbaense

Fronteira amanheceu fechada entre Bolívia e Corumbá

Desde a zero hora desta segunda-feira, 08 de novembro, a fronteira da Bolívia com Corumbá, está fechada para o tráfego de veículos. Apenas é permitido que pessoas cruzem a pé ponte que delimita o território entre os dois países.

Os manifestantes fecharam o tráfego, do lado boliviano, pouco acima do Posto Fronteirizo, impedindo a passagem de veículos. O "Paro" é uma manifestação nacional e por tempo indeterminado. 

Durante o fechamento da fronteira, houve confusão entre apoiadores e não apoiadores do bloqueio.  A Polícia Nacional da Bolívia teve que intervir e controlou a situação, conforme informou ao Diário Corumbaense, o coronel Franklin Villazon, comandante da Polícia Boliviana, em Puerto Quijarro.

Além da fronteira com Corumbá, existem outros pontos de bloqueios em cidades bolivianas e na estrada bioceânica, que liga o país andino ao Brasil.

“A fronteira permanecerá fechada até que o governo revogue a Lei N° 1386”, afirmou Antonio Chávez Mercado, presidente Comité Cívico Arroyo Concepción a este Diário.

A lei permite ao governo investigar o patrimônio de qualquer cidadão sem ordem judicial e levou a comissão multissetorial a convocar a greve nacional em repúdio a Lei de Estratégia Nacional de Combate à Legitimização do Lucro Ilícito e Financiamento do Terrorismo e outras, como Lei do Plano de Desenvolvimento Econômico e Social. aprovadas sem consenso ou socialização pelo Movimento ao Socialismo (MAS) na Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP), em Santa Cruz de La Sierra.

Diário Corumbaense

Antes do fechamento da fronteira, houve conflito entre alguns manifestantes e Polícia permaneceu no local

“Temos um compromisso com a população boliviana, nos unimos a esta greve pela liberdade e justiça do povo boliviano”, disse Rómulo Calvo, que é presidente do Comitê Cívico pró Santa Cruz. Assegurou que será uma medida de pressão "pacífica" e advertiu o presidente Luis Arce que não permita confronto com a população. “Se houver luto, morte e sangue nesta greve, você (Luis Arce) será o responsável, está configurando um genocídio, é isso que os bolivianos têm que ver”, acrescentou.

Os pontos de bloqueios

Conforme o jornal El Deber, a Polícia Boliviana informou 86 pontos de bloqueio na cidade de Santa Cruz, com a mobilização de cerca de 2.000 pessoas; no resto do país a situação seria normal, segundo o comandante Jhonny Aguilera.

Diário Corumbaense

Logo acima do Controle Fronterizo, passando a ponte, manifestantes bloqueiam a via

“Patrulhas foram mobilizadas para evitar contingências, cerca de 30 pessoas bloquearam também em Suticollo (Cochabamba), mas no resto do país, há normalidade”, disse o autoridade.

Ele ainda mencionou que da mesma forma, em Puerto Suárez, na fronteira com o Brasil, existem três pontos de bloqueios, que estão sendo levantados para restabelecer a passagem de veículos motorizados e um dispositivo especial de segurança também está sendo executado em La Paz, onde organizações vinculadas ao Governo vão comemorar o primeiro ano da presidência de Luis Arce.

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