Leonardo Cabral em 06 de Agosto de 2020
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Serra do Amolar, um dos pontos mais bonitos do Pantanal, está encoberta pela fumaça das chamas que atingem a região
Ao Diário Corumbaense, Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), disse que mesmo com as equipes em campo, ainda sim, o risco de as chamas se alastrarem para a Serra do Amolar é grande. “Estamos combatendo fogo na frente da Serra, na margem oposta da altura da comunidade do Amolar. O fogo não transpôs o rio na parte da frente, pra dentro da Serra, mas são iminentes os riscos”, afirmou Rabelo.
Ele ainda ressaltou que durante sobrevoo feito ontem (05) pela região, “foi detectado fogo na parte anterior, na divisa com a Bolívia, e devido a essa situação, levamos mais quatro militares dos Bombeiros para iniciar o combate às chamas. Estamos ainda avaliando a necessidade de mais homens para conter o fogo, já que são pontos distintos em que os combatentes estão atuando na Serra do Amolar”.
A Marinha do Brasil confirmou a este Diário, que na região há duas equipes em terra dos brigadistas do Ibama envolvidos nos trabalhos de extinção do fogo em pontos distintos na Serra do Amolar. Eles foram transportados pelo helicóptero do Exército Brasileiro, Pantera, que atua na logística de transporte das equipes que estão na linha de frente de combate às queimadas no Pantanal. Ainda segundo a Marinha, ainda não há previsão de envio de aeronaves para inserção de água naquela localidades.
Segundo levantamento do Ibama, o fogo já devastou uma área de 1.100.000 hectares no Pantanal.
Uma das mais belas paisagens pantaneiras é a Serra do Amolar: formação rochosa localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia, entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS). É a maior em altitude e extensão (80 km). No entorno da Serra do Amolar estão, no Brasil, o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e três Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs. Na Bolívia, existem o Parque Nacional de Otuquis e a Área Natural de Manejo Integrado San Matías.
Diário Corumbaense Serra do Amolar, antes das queimadas, local de beleza natural em meio ao Pantanal
No fim do século XIX e início do século XX, o rio Paraguai se destacou como importante via de navegação comercial no mundo, interligando as cidades pantaneiras à Bacia do Prata, e a cidades portuárias da Europa, o que trouxe crescimento econômico significativo para Corumbá. Nesta época, dezenas de famílias da Vila do Amolar ajudavam no desenvolvimento local produzindo rapadura, farinha de mandioca e caçando animais silvestres para comercialização. Na década de 1960, com mudanças na legislação, a caça e comercialização destes animais foram proibidas. Com informações Ecoa.
13/08/2020 Incêndio na região do Nabileque mobiliza bombeiros de Corumbá
11/08/2020 Focos de queimadas em Corumbá e na Bolívia continuam se alastrando
07/08/2020 Fogo destrói 28 veículos que estavam em prédio da Polícia em Puerto Quijarro
06/08/2020 Mesmo em período crítico, população ainda insiste em atear fogo em vegetação na área urbana
06/08/2020 Queimadas: União reconhece situação de emergência em Corumbá e Ladário
05/08/2020 Queimadas seguem devastando o Pantanal; Corumbá ultrapassa os 3 mil focos e não há previsão de chuva
03/08/2020 Reunião define mudança do Centro de Coordenação da Operação Pantanal para Mato Grosso
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.