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Mesmo em período crítico, população ainda insiste em atear fogo em vegetação na área urbana

Leonardo Cabral em 06 de Agosto de 2020

Reprodução/Bombeiros

Corumbá vem sofrendo com os focos de queimadas no Pantanal e também na área urbana

Mesmo com os focos de incêndio que devastam boa parte do Pantanal de Corumbá, em Mato Grosso do Sul e no estado vizinho, Mato Grosso, ainda sim, muita gente ainda insiste em atear fogo em vegetação na área urbana, sendo a maioria em terrenos baldios. Isso agrava ainda mais a situação, que vem sofrendo há meses com a fumaça das queimadas que encobre toda a região.

Só nas últimas 24h, a equipe de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros Militar, foi acionada duas vezes para conter chamas em área de vegetação, no anel viário, nas proximidades do bairro Guarani, na parte alta da cidade.

A guarnição fez a contenção do fogo, mas não identificou quem provocou o incêndio. Os bombeiros ainda informaram que boa parte dessas queimadas é criminosa. A maioria ocorre em terrenos baldios abandonados e com grande quantidade de lixo amontoado, o que faz com que o fogo se alastre com mais rapidez. 

Ainda de acordo com os bombeiros, pelo menos 10 solicitações relacionadas a essas ocorrências são feitas por dia e passam pela triagem da Central de Operações.

Punições

Multas para os responsáveis em atear fogo dependem da caracterização do ambiente, ou seja, se foi em área urbana ou rural e qual foi o alcance da queimada.

Reprodução/Bombeiros

Uma das ocorrências atendidas pelos bombeiros na área urbana

No entanto, pode ser desde uma autuação simples, com multa de R$ 500,00 e pena de detenção de três meses até uma questão de poluição, que é mais grave, podendo a multa chegar a até 50 milhões de reais e reclusão de dois a quatro anos.

Riscos à Saúde e meio ambiente

Esses incêndios poderiam ser evitados se os moradores se conscientizassem sobre o descarte correto dos resíduos, mas o que boa parte da população não sabe é que o problema, relacionado para muitos como hábito cultural de limpar terrenos baldios e juntar folhas no quintal para queimar, é crime e ainda oferece diversos riscos à saúde, ao meio ambiente e até mesmo ao trânsito.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a fumaça da queimada urbana produz substâncias químicas que penetram no solo e nas plantas, expondo as pessoas ao risco de adoecerem tanto pela inalação quanto pela ingestão de alimentos contaminados com material particulado (pó da queimada urbana), monóxido de carbono, ácido clorídrico, ácido cianídrico, benzeno (causador de pedra nos rins), estireno, formaldeído, arsênio, benzopireno, dioxina, furano, hidrocarbonetos policíclicos e metais pesados.

Seja qualquer a causa ou motivação, que leve a pessoa a atear fogo em vegetação ou mata, ao praticar a queima, ela poderá ser enquadrada por crime ambiental, tanto com base em legislações federais quanto em regulamentos estaduais e municipais e ainda fica sujeito a multa.

Entre as recomendações de descarte correto dos resíduos estão: não colocar fogo sob hipótese nenhuma; criar aceiros nos terrenos, com limpeza da vegetação num espaço de 1,5 metro ao redor para evitar que incêndios vizinhos consigam se propagar; recolher as folhas secas em sacos de lixo; e não jogar bitucas de cigarro em locais onde há vegetação que possa servir de combustível.

Comentários:

Daniel Lima: Em Ladário é comum, toda semana, atearem fogo no quintal. Observei que mesmo nos dias mais críticos das queimadas pessoas nem aí acharam pouco e atearam fogo em seus terrenos. Mais Consciência Social por favor!

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