Leonardo Cabral e Rosana Nunes em 14 de Julho de 2020
O crime foi na noite de sábado (11), o corpo de Liane foi encontrado na manhã de domingo (12) e, desde o início, as investigações apontaram para "Cebolinha", que foi funcionário da comerciante e conhecia a rotina dela e do estabelecimento comercial.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Delegados Willian Rodrigues e Tatiana Zingier e Silva durante coletiva
Depois de matar Liane, "Cebolinha" roubou 9 mil e 500 reais, jóias, pegou o gabinete de computador que armazenava as imagens de câmeras de segurança e o carro da vítima, um Volkswagen Fox, de cor preta, apesar de não ter experiência em conduzir veículo, conforme a delegada.
"Com parte do dinheiro, ele pagou dívidas, comprou bebidas e fez churrasco. Do dinheiro que roubou, recuperamos apenas 688 reais e ele não ofereceu resistência na hora da prisão", disse a delegada Tatiana ao ressaltar que "Cebolinha" assumiu o crime e disse que agiu sozinho. O delegado Willian Rodrigues afirmou que imagens de câmeras de segurança analisadas pela investigação, revelaram que na noite do crime, “Cebolinha”, estava encapuzado e esperava pela vítima, pois ela tinha o costume de levar funcionários do restaurante em casa, após o trabalho. No momento em que ela recolhia o veículo na garagem, ele entrou e ficou por cerca de trinta minutos."Nós chegamos à identificação dele por meio de depoimentos de testemunhas e de imagens de circuito de segurança de quando ele abandonou o veículo da vítima junto com outra pessoa. Um boné que o suspeito usava, também foi fundamental para chegarmos à autoria do latrocínio. Ele já tinha passagens policiais, inclusive por furto de veículo por abuso de confiança", frisou o delegado. O carro foi abandonado por volta das 07h de domingo, no final da rua América, ao lado da pista do Aeroporto Internacional.
A pessoa identificada com o acusado, de acordo com as investigações não sabia do crime."Ao encontrar as testemunhas, ele não contou que havia cometido o crime, se mostrou normal durante todo o tempo, o que demonstra a frieza dele", contou a delegada."Ele se diz arrependido, porque nunca teve problema com a vítima, trabalhou com ela por duas vezes e foi demitido porque faltava muito. Mas, na minha opinião, não vislumbrei nenhuma característica de arrependimento. Ele pareceu ser uma pessoa fria e afirmou não se recordar direito do crime, mas jogou a faca que usou em uma lixeira", completou Tatiana Zingier que ressaltou o trabalho dos peritos e do legista Walter Breno, que já tinham apontado que o assassino era canhoto. "Hoje, quando ele assinou o depoimento, a gente comprovou que é canhoto mesmo", destacou.
A Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito, mas há possibilidade de a conclusão da investigação ser enviada ao Ministério Público antes desse prazo. Fabiano Velasques foi indiciado por latrocínio, crime hediondo, que tem pena prevista de 20 a 30 anos de cadeia.
"Foi um crime covarde, vil, bárbaro. Foi muita maldade", concluiu a delegada.
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