"Cebolinha" é condenado a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de dona de espeteria

Fabiano Velasques Alexandre, o "Cebolinha", de 28 anos, foi condenado por latrocínio (roubo seguido de morte) a 31 anos, 8 meses e 216 dias-multa de prisão, em regime fechado, pela morte de Liane Aparecida de Arruda, de 51 anos, na noite de 11 de julho de 2020. Dona de uma espeteria, na rua Major Gama esquina com a América, centro de Corumbá, a vítima foi rendida pelo autor, que foi funcionário dela. 

Em depoimento, ele contou ter passado o dia bebendo e fazendo uso de drogas, em um bar, quando por volta das 23h, ficou sem dinheiro. Ele, então, esteve no antigo serviço e, por saber da rotina da dona, rendeu a mulher assim que ela ficou sozinha.

Preso três dias após o crime, em um quarto de motel, na parte alta da cidade, o autor disse em depoimento que tinha dívidas para pagar e por isso resolveu roubar Liane. Afirmou que não pretendia matá-la, mas ela reconheceu sua voz e acabou morta com oito perfurações de faca no pescoço.

Depois de matar Liane, "Cebolinha" roubou 9 mil e 500 reais, jóias, pegou o gabinete de computador que armazenava as imagens de câmeras de segurança e o carro da vítima, um Volkswagen Fox, de cor preta, que depois foi abandonado por ele próximo ao Aeroporto Internacional. Do dinheiro roubado por ele, a Polícia Civil recuperou R$ 688.

"Nós chegamos à identificação dele por meio de depoimentos de testemunhas e de imagens de circuito de segurança de quando ele abandonou o veículo da vítima junto com outra pessoa. Um boné que o suspeito usava, também foi fundamental para chegarmos à autoria do latrocínio. Ele já tinha passagens policiais, inclusive por furto de veículo por abuso de confiança", disse o delegado Willian  Rodrigues, que esclareceu o caso junto com a delegada Tatiana Zingier e Silva. "Foi um crime covarde, vil, bárbaro. Foi muita maldade", disse a delegada na época.