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Atual governo boliviano não descarta convocar novas eleições por meio de decreto

Leonardo Cabral em 18 de Novembro de 2019

Reprodução/El Deber

Presidente interina, Jeanine Añez, tem 90 dias para anunciar novas eleições no país

O ministro da presidência, Jerjes Justiniano, disse nesta segunda-feira, 18 de novembro, que o governo provisório não descarta a convocação de novas eleições por meio de um decreto. O motivo é a ausência de acordos com o Movimento ao Socialismo (MAS) na Assembleia Legislativa Plurinacional, partido o ex-presidente Evo Morales.

"Se percebermos que há dificuldades para poder convocar as eleições, uma das sugestões que o Ministério da Presidência fará à atual presidente Jeanine Añez, é que possamos convocar as eleições de maneira imediata através de algum outro instrumento legal", disse em entrevista à rádio Panamericana.

A convocação de eleições por decreto tem jurisprudência no mandato do presidente provisório Eduardo Rodríguez Veltzé (2005-2006).

Uma semana após a renúncia de Evo Morales à Presidência e a subsequente nomeação de Añez para a fase de transição, as forças políticas não concordam e iniciam na Assembleia a modificação do sistema jurídico eleitoral que permite convocar eleições em 90 dias. "Nossa vontade é não permanecer no governo, além do período estabelecido pela Constituição", afirmou Justiniano.

As Eleições Gerais de 20 de outubro foram canceladas devido a irregularidades detectadas no processo eleitoral. Os bolivianos devem retornar às urnas para eleger o presidente, vice-presidente e legisladores para o período 2020-2025. Com informações do jornal El Deber. 

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