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Policial civil acusado de dar "cobertura" a delegado, é solto pela Justiça

Leonardo Cabral em 16 de Maio de 2019

Foi colocado em liberdade nesta quarta-feira, 15 de maio, o policial civil, Emmanuel Contis. Ele estava preso preventivamente em Campo Grande, desde o final de março, juntamente com o delegado afastado da Polícia Civil, Fernando Araújo da Cruz Junior, que era titular da DAIJI (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso).

Contis teve a prisão preventiva decretada na época porque as investigações apontavam que ele teria dado "suporte" ao delegado, acusado de matar a tiros o boliviano Alfredo Rangel Weber, 48 anos, na noite do dia 23 de fevereiro deste ano, dentro de uma ambulância que vinha da Bolívia para Corumbá. 

Ao Diário Corumbaense, o advogado de defesa de Emanuel, Douglas Barros de Figueiredo, disse que o cliente responderá ao processo em liberdade.

“Foi revogada a prisão dele, por ausência de indícios de participação no fato principal que foi o crime, porque ele estava viajando. Conseguimos comprovar que ele não teve envolvimento com o fato, e não havia motivo para permanecer detido”, explicou o advogado. Em relação ao afastamento do cargo, "ele (Contis) só estava afastado porque estava preso”, completou. 

O crime

Segundo as investigações, a desavença entre o delegado e Alfredo Weber começou durante as eleições para presidente da associação de agropecuaristas na Bolívia, onde o sogro de Fernando concorria ao cargo.

Houve uma discussão entre Alfredo e outros participantes do evento. O delegado é acusado de pegar uma faca e desferir golpes contra o boliviano, que foi socorrido para um hospital local, mas, devido à gravidade, acabou transferido para Corumbá.

Já em Mato Grosso do Sul, a ambulância foi fechada por uma caminhonete. O condutor, apontado como sendo o delegado, desceu e atirou no paciente. Três tiros atingiram a cabeça da vítima, um deles o tórax. O motorista voltou com o corpo para o país vizinho. 

Detalhes como o veículo usado pelo pistoleiro, do mesmo modelo do carro de Fernando, e até a arma, foram ligando as investigações ao delegado, que permanece preso.