Polícia não tem dúvidas de que caseiro foi morto por onça

Depois de receber denúncias sobre possível homicídio, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirmou não ter dúvidas de que o caseiro Jorge Ávalo, 60 anos, foi morto pelo ataque de onça-pintada. "Não há duvida nenhuma que o ataque foi de animal de grande porte", destacou o delegado Luis Fernando Mesquita, da delegacia de Aquidauana.

O caso foi registrado em um rancho localizado na região pantaneira conhecida como “Touro Morto”, entre Miranda e Aquidauana. O delegado esclareceu à reportagem que ainda aguarda laudos para concluir inquérito policial, mas já conversou com equipe da perícia e adiantou que o caso não tem relação com crime. O ataque pode ter sido motivado pela falta de alimentos ou ação involuntária da vítima.

O desaparecimento do caseiro, carinhosamente chamado de Jorginho, foi notado na segunda-feira (21) e os restos mortais encontrados no dia seguinte pelo cunhado da vítima, Valmir Marques de Araújo, com apoio dos policiais ambientais Francisco de Assis Damasceno e Augusto Pereira Mendes, além de outro morador que ajudava nas buscas. 

O rancho contava com sistema de câmeras de segurança, no entanto, os equipamentos não estavam funcionando na hora em que Jorge teria sido atacado pelo animal. Quando o corpo do caseiro foi encontrado, a onça estava junto ao cadáver e chegou a atacar a equipe de busca. Porém, fugiu após disparo de arma de fogo.

Onça-pintada foi capturada e removida pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na madrugada desta quinta-feira (24). As buscas pelo felino, que agora está no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, começaram na segunda-feira (21) e envolveram mais de dez policiais e um biólogo.

Jorge Ávalo trabalhava no pesqueiro Touro Morto há cerca de 20 anos e, segundo o irmão, Reginaldo, costumava mandar fotos e vídeos mostrando onças-pintadas na área. Em registro feito dias antes do ataque, brincou com o cunhado ao encontrar pegadas que seriam de felinos disputando o território.