Ricardo Albertoni em 25 de Abril de 2025
Saul Schramm/Secom MS
Felino apresenta desidratação e alterações hepáticas, renais e gastrointestinais
Segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (25), o felino, um macho de aproximadamente 9 anos e com 94 quilos, apresenta desidratação e alterações hepáticas, renais e gastrointestinais. O animal foi encontrado em estado combalido e está abaixo do peso ideal para a espécie. Como comparativo, sites especializados apontam que uma onça-pintada vive, em média, de 12 a 15 anos na natureza e até 20 anos em cativeiro. Machos adultos do Pantanal costumam pesar entre 110 kg e 155 kg.
Após o procedimento de captura e anestesia, a onça despertou consciente e, durante a primeira noite no CRAS, não apresentou episódios de vômito ou regurgitação. De acordo com os veterinários, o comportamento do animal está dentro da normalidade.
Para concluir o diagnóstico clínico, os profissionais aguardam os resultados de exames complementares, como raio-x, ultrassom e hemograma. Ainda conforme a instituição, o animal está abrigado em um recinto com grades, adequado para garantir a segurança e facilitar o manejo durante o tratamento.
O caso
O caseiro Jorge Ávalo, conhecido como Jorginho, trabalhava há cerca de 20 anos no pesqueiro Touro Morto, entre Miranda e Aquidauana, onde era responsável por cuidar da estrutura e receber pescadores. De acordo com o irmão da vítima, Reginaldo Ávalo, Jorginho costumava registrar a presença de onças na área com fotos e vídeos e havia comentado recentemente sobre pegadas suspeitas, sugerindo disputa territorial entre felinos.
O desaparecimento do caseiro foi notado na segunda-feira (21), quando um guia de pesca chegou ao local para comprar mel e encontrou marcas de sangue e partes de tecido biológico no deck do pesqueiro. Na terça-feira (22), os restos mortais de Jorge foram encontrados e a captura da onça ocorreu na madrugada de ontem.
“Estamos tratando de um incidente que teve uma vítima, então, nesse momento todo o nosso respeito à família do Jorge. Numa atuação conjunta de o animal estar no CRAS, é para a realização de exames, estabilização e a recuperação. A partir daí, passa a integrar o programa federal e vai ser direcionado pelo ICMBio”, afirmou o secretário-executivo da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, ressaltando que toda a avaliação e exames são para confirmar se a onça capturada é a mesma que atacou o caseiro.
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