Campo Grande News em 06 de Março de 2025
A delegada Isabelle Sentinello explicou que após ouvir testemunhas, na segunda-feira, data em que a criança foi levada ao hospital pela própria mãe, decidiu por determinar a prisão pelo crime de maus-tratos qualificado. Diante da gravidade da situação, a Polícia Civil também pediu medida protetiva para que a mulher não se aproxime do filho.
A justiça decidiu por determinar que a criança fique em uma unidade de acolhimento do município. "Também proibição da mãe ou de qualquer familiar visitar a criança", disse a delegada. "Além disso, vamos apurar se outras pessoas foram negligentes nos cuidados com a criança", concluiu.
O menino está acompanhado de assistente social em hospital de Campo Grande, onde recebe os cuidados necessários.
Entenda
Na segunda-feira (03), por volta das 20 horas, a própria mãe deu entrada na unidade de saúde de Anastácio. Ao atender a criança, equipe médica percebeu lesões na cabeça, no queixo, braços e por toda a região do abdômen. Além disso, o menino estava desnutrido e desidratado.
Por conta da situação, o Conselho Tutelar foi acionado e, posteriormente, a Polícia Militar. Ao conversar com a mãe, a mesma alegou que estava em uma fazenda e deixou o filho com a avó paterna. A PM, então, foi até o imóvel da avó e também a questionou. A mulher negou as agressões, afirmando que quem as cometia era a própria mãe.
Diante das contradições, três pessoas, mãe, avó e tia da criança acabaram conduzidas para a delegacia, onde prestaram esclarecimentos. Lá, a avó contou que nora e neto estavam morando com ela há cerca de cinco meses. Também relatou que presenciava a mãe batendo na criança, mas não se metia na "educação". A mulher afirmou, ainda, que já havia orientado a levar o menino no médico.
Na delegacia, a mãe mudou a versão, afirmando que a irmã, tia do menino, era quem cometia as agressões. Utilizando um cadarço, amarrava a criança e usava um cano de água para bater nele, toda vez que pedia comida. Já a tia nega os fatos, também apontando como autora a própria mãe.
Testemunhas, vizinhos da casa onde a família morava, afirmam que já fizeram várias denúncias ao Conselho Tutelar sobre a situação. "Quando elas suspeitavam que o Conselho vinha, trancavam a casa. Essa criança chorava o dia todo", disse uma vizinha que pediu para ter o nome preservado.
FELIPE JOSE DE MORAES: Este tipo de agressão tem que ser contido por qualquer pessoa, seja vizinho, avó, tia, isso é inadmissível, essa mal tem que permanecer na cadeia por muitos anos, sem direito a visitas.
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