Lívia Gaertner em 04 de Março de 2025
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Comissão de frente intitulada “Nordeste País de Encantos”
A agremiação, uma das mais antigas de Corumbá, levou para Passarela do Samba aproximadamente 750 componentes para cantar as riquezas, o povo e a cultura nordestina. O trio de carnavalescos, Manoel Aguilar, Danilo Dantas e Rogério Monteiro optou por apresentar cinco carros alegóricos ao longo do desfile.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Inovação no ritmo da bateria: a sanfona
Presidida por Robson Lacerda, o “Xuxa”, a Império do Morro trouxe na comissão de frente intitulada “Nordeste País de Encantos”, toda a pujança cultural daquela região do país em uma fantasia com muitas fitas coloridas e uma coreografia vibrante.
O carro abre-alas mostrava o Sol e buscou representar “a trajetória de milhões de nordestinos que, ao longo dos anos, partiram em busca de novos horizontes, levando consigo a força, a cultura e o coração do Nordeste para o Brasil inteiro”. Tudo isso sem esquecer a coroa, símbolo da escola, que veio iluminada e com movimento.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Edelton e Vallessa, simbolizou o “Eldorado do Sertão”. Numa fantasia em tons terrosos, fizeram referência a imagens poéticas e simbólicas que podem ser interpretadas de várias formas do nordeste brasileiro.
Para a ala das baianas, a força e coragem da mulher nordestina foram escolhidas para serem representadas na indumentária das veteranas do samba.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Rainha Raiane Oliveira e a bateria Pulso Forte, do mestre João Victor
O segundo carro alegórico intitulado “Economia Nordestina” trouxe referências da diversificação dos setores produtivos, incluindo agricultura, pecuária, mineração, indústria e serviços, mostrando que o Nordeste continua sendo um pilar essencial para o desenvolvimento do país.
As alas que se seguiram mostraram o cultivo da cana-de-açúcar, a confecção da renda de bilro e a produção do girassol, considerado um símbolo da beleza e da alegria e opção de diversificação de cultura para famílias agrícolas da região.
Arte, cultura e fé
A arte e a cultura nordestinas ganharam destaque no terceiro carro alegórico com o grande expoente Mestre Vitalino, artista reconhecido mundialmente por retratar o cotidiano do sertão em imagens de argila.
A singularidade da música do Nordeste apareceu representada em três alas com “os repentistas”, “Luiz Gonzaga, o Rei do Baião” e o “frevo”, ritmo pernambucano que embala gerações de foliões, com suas inconfundíveis sombrinhas coloridas.
A Literatura de Cordel, gênero intimamente ligado aos escritores nordestinos é caracterizada por histórias em verso, geralmente impressas em folhetos e vendidas em feiras e mercados, o que ficou evidente na fantasia da ala.
As festas juninas tão difundidas na região homenageada pela Império do Morro não podiam ficar de fora do desfile, sendo assim, duas alas mostraram toda a alegria e o encanto que esses festejos despertam no povo nordestino.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
A agremiação, uma das mais antigas de Corumbá, levou para Passarela do Samba aproximadamente 750 componentes
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