Rosana Nunes em 03 de Março de 2025
Em nota oficial e por meio de vídeo, o prefeito de Corumbá, Gabriel Alves de Oliveira e a diretora-presidente da Fundação da Cultura, Wanessa Pereira Rodrigues, se manifestaram na tarde desta segunda-feira (03), sobre a segurança no Carnaval.
Sem citar denúncias de violência contra foliões e truculência por parte de pelotões da Polícia Militar em relação ao horário do atendimento nas barracas da praça de alimentação do circuito do carnaval, o comunicado diz: “Segurança deve ser sinônimo de proteção. Em nossa cidade, alegria, paz e justiça sempre estarão juntas. Não aceitamos nenhum tipo de violência e não aceitaremos qualquer forma de excesso, seja contra trabalhadores do carnaval ou foliões”.
Sobre o horário de funcionamento, antes determinado até às 04h, o prefeito informou que conversou com o Comando Geral da PM e o Comando do 6º Batalhão da PM. "Acertamos a flexibilização do horário. Hoje, inclusive, o horário será estendido para que possam trabalhar com tranquilidade. O que realmente importa é que todos sejam respeitados."
Reprodução
Momento da agressão foi gravado por vítima; lesões sofridas durante a agressão
Dois homens, com idades de 24 e 26 anos, registraram o boletim de ocorrência nº 972/2025, na madrugada de sábado, 1º de março, após serem agredidos por policiais militares na rua Frei Mariano esquina com a avenida General Rondon.
"Por volta da 03h, se deslocavam junto com amigos na descida do bloco de carnaval "O Rolê", quando chegaram na entrada da Avenida General Rondon e se depararam com um bloqueio realizado pela Polícia Militar. Que houve questionamento pelos organizadores do bloco, todavia, o acesso não foi liberado. As vítimas e outros foliões queriam passar para ter acesso à praça de alimentação, banheiros e foram impedidos pelos policiais militares que passaram a agredi-los com cassetetes", informa o documento policial.
Wesley Patrick Cedreira, de 24 anos, chegou a ficar desacordado. Ele foi levado ao pronto-socorro por conhecidos e internado na Santa Casa, onde permaneceu até esta segunda-feira (03). A vítima recebeu vários pontos na região do nariz e apresenta lesões no rosto, nariz, boca, testa, costas e braços. Ele fez exame de corpo de delito na tarde de hoje.
"Foi desnecessário fazer uma coisa dessa, porque a pessoa está ali para brincar, tem o direito de ir e vir, e aí acontece uma coisa dessa. Já fui com o meu filho procurar os direitos dele, demos parte, registramos boletim de ocorrência, ele fez corpo de delito e agora a gente vai aguardar, mas esse caso não pode ficar por isso mesmo", disse ao Diário Corumbaense, Elaine Cedreira, mãe de Wesley.
Outra vítima, Marlon Vinícius Ribeiro Santana, de 26 anos, recebeu golpes no rosto, fraturou o nariz e também foi levado ao pronto-socorro, onde recebeu atendimento médico. Marlon fez um vídeo no momento em que foi agredido, sendo possível identificar o policial militar que o golpeou.
A informação apurada pela reportagem é de que o policial militar não é lotado no 6º Batalhão da PM de Corumbá. Ele integra efetivo extra que veio de Campo Grande para reforçar a segurança nesse período de carnaval na cidade. A PM ainda não se manifestou oficialmente.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil como lesão corporal dolosa.
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