Abertas inscrições para alistamento militar feminino; em MS, três cidades têm vagas

Foram abertas nesta quarta-feira, 1º de janeiro, as inscrições para o alistamento feminino no serviço militar. Portaria do Ministério da Defesa define que pedidos de ingresso serão permitidos somente às candidatas voluntárias que residam em municípios específicos. No caso de MS, são três.

Segundo a portaria, o alistamento poderá ser feito de forma digital ou presencial, de 1º de janeiro a 30 de junho do ano em que a jovem completar 18 anos. Não será possível realizar o alistamento fora do prazo.

O alistamento de 2025 é permitido às candidatas que tenham nascido em 2007, que e que residam nos chamados “municípios tributários” do SMIF (Serviço Militar Inicial Feminino). Para Mato Grosso do Sul, a inscrição no Exército será permitida a residentes em Campo Grande e, para Marinha, nas cidades de Corumbá e Ladário. 

A inscrição pode ser realizada pela internet (https://alistamento.eb.mil.br), mediante a inserção do número do CPF para convalidação dos dados pela Receita Federal, ou de forma presencial, nas Juntas de Serviço Militar das cidades relacionadas.

O processo de seleção será realizado em mais de uma etapa, entre elas, inspeção de saúde. As mulheres aptas, sem restrição na seleção geral, poderão ser designadas às organizações militares ou não aproveitadas por exceder às necessidades das Forças Armadas.

A candidata tomará conhecimento da distribuição no período de 10 de dezembro de 2025 a 09 de janeiro de 2026, por meio de consulta. A incorporação será executada em duas turmas, de 02 a 06 de março e 03 a 07 de agosto de 2026.

Diferente do alistamento masculino, o serviço militar inicial feminino será voluntário. As mulheres serão incorporadas na Marinha como marinheiros-recrutas; no Exército como soldados ou na Força Aérea como soldados de segunda-classe. 

Os detalhes da portaria, publicados pelo Ministério da Defesa, podem ser conferidos aqui. 

Duração de 12 meses

Inicialmente, serão ofertadas 1,5 mil vagas. A iniciativa está sendo adotada de maneira inédita pelos comandos das Forças Armadas, após período de estudos em conjunto com o Ministério da Defesa. Por lei, o alistamento tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado a cada período de um ano até o prazo máximo de oito anos.

Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Com a adoção do alistamento, o número de oportunidades deve crescer gradativamente.

Hoje, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval, da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, da Aeronáutica.