Moinho In Concert apresenta hoje e amanhã ‘O Fazedor de Amanhecer’

Amor, retrocesso, recomeçar, descanso, leveza e esperança. Essas são algumas das palavras e também dos sentimentos que devem fazer parte do espetáculo em formato de aula pública Moinho In Concert, que acontece nesta sexta e sábado, 13 e 14 de dezembro, às 19h30, na sede do Moinho Cultural, em Corumbá, na rua Domingos Sahib, 300 - Beira-Rio.

O espetáculo é baseado no livro homônimo de Manoel de Barros e, assim como a obra literária, vai contar com ilustrações de Ziraldo, gentilmente cedidas pelo Instituto Ziraldo. Além disso, o espetáculo guarda muitas surpresas e participações especiais. Uma delas é do cantor e compositor Márcio de Camillo. Como o Moinho Cultural, Camillo tem uma profunda ligação com a obra de Manoel de Barros. Ele foi o idealizador do espetáculo ‘Crianceiras’, que une música, poesia, teatro e animação, tudo baseado na obra do poeta pantaneiro. Outra convidada especial é a flautista internacional Celina Charlier, parceira de longa data do instituto.

Assim como no livro ‘O Fazedor de Amanhecer’, o espetáculo do Moinho In Concert terá diversas fases. E, como na vida, tudo começa com o amor. Depois, mostra a transformação da borboleta em lagarta, contrariando o fluxo natural da vida. “É uma forma de chamarmos atenção para o fato de que estamos andando para trás. Não estamos evoluindo, mas retrocedendo. O planeta Terra está sucumbindo”, explica a diretora-executiva do Moinho Cultural e diretora-geral do espetáculo, Márcia Rolon.

O espetáculo também fala da necessidade de desacelerar, olhar com aquela calma que só os avós conseguem ter, com toda a sabedoria que carregam. É uma chamada para a reflexão, principalmente em um mundo que tem perecido diante das mudanças climáticas.

Depois da reflexão, vem a capacidade de renascer e, principalmente, se transformar. Mais uma vez, a natureza é quem mostra o que se espera da sociedade: transformação, assim como a das borboletas. “Não vamos dar muitos spoilers, mas esta é uma das partes mais impactantes do espetáculo. Com a ajuda do balé clássico, vamos fazer uma reflexão coletiva, principalmente sobre a necessidade de fazermos novos amanheceres, com novas atitudes e comprometimento ainda maior”, destaca Márcia Rolon.

A diretora-executiva do Moinho Cultural adianta, ainda, que o espetáculo também traz a figura de Bernardo, presente no livro de Manoel de Barros. “Esse é um espetáculo ainda mais especial por ser o 20º Moinho In Concert. E ele fala sobre aconchego, leveza, esperança, mas sem deixar nossa essência de lado e provocar reflexões. Apresentamos ‘Guadakan’ para mais de cinco mil pessoas, levamos a mensagem da urgência de olhar para o Pantanal. Agora, queremos chamar atenção para o que temos sofrido enquanto sociedade. Chegamos até o andarilho, o ponto alto do espetáculo e também a mais impactante, representando todos aqueles que têm precisado largar sua língua-mãe”, adianta Márcia.

O encerramento do espetáculo contará com uma participação especial internacional, lembrando que é possível fazer novos amanheceres e ter esperança. A entrada para o espetáculo é gratuita e os convites foram retirados antecipadamente.