Campo Grande News em 12 de Maio de 2022
Luciana Nassar/ALEMS
Na prática, projeto de lei corre o risco de não ter eficácia
A matéria assinada por Catan e David foi apensada à apresentada por Renan Barbosa Contar, o Capitão Contar (PRTB). O escopo da proposição é para reconhecer como de risco a atividade dos CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores).
Autor original do projeto, Catan justificou que os CACs correm risco de vida. “Importante destacar que o Estado de Mato Grosso do Sul possui atiradores, devidamente registrados, dentre estes, atiradores esportivos e profissionais da área de segurança, pública ou privada, dos quais necessitam do reconhecimento do risco da atividade porque correm graves perigos de ataques, especialmente pelo fato de armazenarem e transportarem armas e munições que são bens de interesse de criminosos”, escreveu.
Preocupação
Em março, deputados ouvidos pela reportagem lembraram que Mato Grosso do Sul é corredor do tráfico de armas, feito pelas fronteiras com Paraguai e Bolívia. O que preocupa a sociedade é o destino que essas armas ganham.
Na prática, o projeto de lei corre o risco de não ter eficácia, diante da própria legislação federal usada como argumento. O artigo 10 do Estatuto do Desarmamento prevê que “A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm”.
Ou seja, cria-se, com a proposta, apenas uma expectativa naqueles que pretendem se armar com base em atividades de colecionador, atirador ou caçador. Na prática, vão ficar dependendo da Polícia Federal autorizar o porte, que impõe critérios rigorosos para isso, começando pela documentação e registro da arma.
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