Da Redação em 22 de Setembro de 2020
Divulgação/Iphan
Objetivo é preservar o achado e torná-lo acessível à população e aos turistas que visitem a região
Os materiais, datados provavelmente do século XIX, foram descobertos durante o processo de escavação para instalação de um elevador no local. Ao todo, são 282 objetos, cujas características dão a entender que se tratava de uma área de descarte doméstico (antiga lixeira residencial), possibilitando investigações sobre os hábitos alimentares e de consumo da população que residiu no local.
Para Zafenathy Carvalho de Paiva, arqueólogo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o achado é fundamental para compreender tanto a história de Corumbá quanto do Mato Grosso do Sul, especialmente por se tratarem de objetos de fabricação recente. "A partir de contextos como o identificado em Corumbá é possível acessar os hábitos de consumo de um ou mais grupos sociais num determinado espaço, muitas vezes envolto em tramas socioculturais que os documentos históricos nem sempre conseguem reproduzir com fidelidade", explica.
Enquanto responsável pela proteção e divulgação do Patrimônio Arqueológico Brasileiro, o Iphan recomendará adaptações no projeto do antigo Hotel Internacional. A proposta do Instituto é que haja um espaço para a exposição do material, incluindo uma camada de vidro sobre o piso de garrafas de grés. O objetivo é preservar o achado e torná-lo acessível à população e aos turistas que visitem a região.
Exemplo da arquitetura eclética corumbaense
O prédio do antigo Hotel Internacional é uma construção com inspiração eclética do início do século XX. De autoria do italiano Fernando Mármore, ele está situado no entorno da área tombada do município, sendo um importante componente do conjunto urbano.
O restauro do imóvel é uma ação integrante do PAC Cidades Históricas. O objetivo é adaptá-lo para receber um espaço administrativo da Prefeitura de Corumbá, beneficiando 28 mil cidadãos por ano. O bem receberá, ao todo, cerca de R$ 2,5 milhões em recursos do governo federal.
As informações são da assessoria de comunicação do Iphan.
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