PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Internada desde janeiro, professora não resiste e morre por complicações da dengue em Corumbá

Leonardo Cabral em 06 de Fevereiro de 2020

Reprodução/Facebook

Dúnia era professora e foi internada ainda em janeiro com dengue; ela sofreu complicações em decorrência da doença e não resistiu

Corumbá registrou mais uma morte em decorrência da dengue este ano. A professora Dúnia Safa, de 24 anos, estava internada na Santa Casa da cidade desde 13 janeiro e na madrugada desta quinta-feira (06), faleceu devido a complicações da doença, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. Agora, já são dois óbitos causados pela dengue no município em 2020 e dez em Mato Grosso do Sul.

O que chama a atenção também são os números de notificações da doença. Até agora já foram 1.449, 46 a mais do que todo o ano de 2019, quando foram registrados 1.403 casos. 

Já o número de casos confirmados em laboratórios chega a 112, enquanto em 2019 foram 225. Até o momento 14.010 imóveis foram vistoriados pela equipe da Saúde, por meio de ações que integram o Plano Municipal de Contingência para prevenção e combate ao Aedes aegypti, transmissor da doença e ainda da zika vírus e febre chikungunya.

Primeiro caso

A primeira morte por dengue foi registrada no dia 09 de janeiro. Lucian Andrade, de 29 anos, teve dengue hemorrágica.

Os sintomas iniciais da dengue tipo grave são parecidos com os da dengue clássica, e após o terceiro ou quarto dia, surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. O quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória, levando o paciente à morte em pouco tempo.

Prevenção é única maneira de combate ao mosquito

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população tomar medidas que evitem a proliferação do mosquito transmissor.

A Secretaria de Saúde de Corumbá disponibiliza telefones para moradores também denunciarem locais, como terrenos baldios e imóveis abandonados, com possíveis foco. O anonimato é garantido. Os números são: 0800 647 2255 / 0800 647 2109 / 3233-2783.

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:

Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água;

Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;

Manter caixas d’agua bem fechadas;

Remover galhos e folhas de calhas;

Não deixar água acumulada sobre a laje;

Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;

Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;

Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;

Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;

Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;

Acondicionar pneus em locais cobertos;

Fazer sempre manutenção de piscinas;

Tampar ralos;

Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;

Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;

Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;

Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;

Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;

Catar sacos plásticos e lixo do quintal.


Comentários:

Luiz Augusto Castro Mancini: Peço desculpa a Família de Dúnia para poder fazer esta postagem, pois não a conheci quando morei em Corumbá, mas não poderia omitir ou me calar diante desta passagem prematura desta jovem, quero aqui externar os meus sinceros pêsames a esta Família Corumbaense, e fazer este desabafo abaixo: É preciso uma trágica morte de uma jovem por Dengue, mas Dúnia Safa será mais uma na lista de vitimas da Dengue, isto por causa de parte da população que não se preocupa em manter seu quintal limpo e sem água parada, fui Agente de Endemias no Munícipio de Corumbá, e sei como é difícil exercer esta função, apesar de todo esforço do CCZ e Secretaria Municipal de Saúde em tentar controlar o vetor que transmite não só a Dengue, mas outras Endemias e parte da população não fazer o seu dever de casa, muitas vezes quando ainda na função de Agente fazíamos a limpeza de um imóvel e quando lá retornávamos tudo estava cheio de reservatórios e criadouros do aedes aegypti, vejo que todos os seguimentos da sociedade Corumbaense deveriam se unir e os poderes constituídos dar respaldo legal para a cobrança de multas, e do serviço de limpeza do imóvel que estiver em situação critica para a infestação deste famigerado mosquito, não quero dizer aqui nomes, mas temos que buscar meios para combater este mal que afeta toda a população do Pantanal, seja até mesmo uma ação bi lateral com a Bolívia, impondo lei e mecanismos de punição a quem não fizer e manter o seu terreno ou quintal limpo de criadouros do mosquito aedes aegypti, não são todos que veem os Agentes de Endemias como um propagador de informações sobre as diversas endemias, mas uma parte da população os vê como meros agente de limpeza, quando o Agente de Endemias tiver poder para lavrar multa e ate mesmo interditar um imóvel por motivo de que o mesmo esteja em situação de risco para saúde publica, vamos sim vencer a luta contra todas as endemias causadas não só pelo aedes aegypti como todas as demais endemias. Este é o meu pensamento com relação a Dengue e demais endemias, se não tomarmos medidas drástica vamos ter mais jovens morrendo de Dengue, Leishmaniose, Febre Amarela, Chicungunha e tantas outras Endemias. É o que penso e escrevo Guga Mancini