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Para médico, é preciso criar ferramentas eficazes para reduzir acidentes de trânsito

Da Redação em 30 de Maio de 2019

Divulgação/Câmara de Corumbá

Médico também lembrou durante palestra de alta incidência de invalidez

“Os acidentes de trânsito custam R$ 52 bilhões por ano ao Brasil. É muito dinheiro. Isso daria para construir hospitais, escolas, casas populares. Mas, infelizmente são gastos com acidentes que são preveníveis”. É o que afirma o médico legista Riad Ali Hamie que, na noite de quarta-feira, 29, proferiu uma palestra sobre o assunto no Plenário da Câmara Municipal de Corumbá, durante Sessão Solene alusiva ao Movimento Maio Amarelo. 

A palestra chamou atenção de todos da plateia que lotou o Plenário da Casa de Leis, especialmente de crianças e adolescentes, alunos da Escola Municipal CAIC Padre Ernesto Sassida. Além da apresentação de um filme, com cenas fortes de acidentes fatais, Riad apresentou gráficos dando conta que os jovens, motoristas do sexo masculino, são os maiores causadores de acidentes no país, inclusive em relação a vítimas fatais: motoristas do sexo masculino.

 

Lembrou também a alta incidência de invalidez que acabam custando um alto preço ao Brasil, e que é preciso a participação de todos, um esforço concentrado para reduzir os altos índices de trânsito, seguindo o exemplo da Suécia que lançou o “Visão Zero”, programa para a redução de acidentes de trânsito que tem gerado resultados positivos.

 

O médico observou que, nos últimos dez anos, foram mais de 4 milhões de indenizações pagas, em decorrência de acidentes de trânsito, por morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas.

 

Conforme ele, o quadro pode ser revertido com o “Visão Zero” criado em 1999, com a premissa de que não é aceitável perder vidas no trânsito, com uma mudança do paradigma da segurança viária, aceitando que humanos cometem erros, são frágeis e que o sistema de trânsito deve ser construído justamente para protegê-los, com rede de mobilidade segura, no sentido de reduzir as chances de um acidente grave ou fatal acontecer.


Riad deixou evidente ainda que a solução passa pela vontade política, criar ferramentas eficazes para reduzir a alta incidência no país. Nesse sentido ele elogiou a Câmara de Vereadores por abrir espaços para discutir um tema de importância relevante. “Cada um tem que fazer a sua parte para chegarmos a ter um país, uma cidade mais pacífica”, cobrou.


Números alarmantes

O diretor da Agetrat, Alexandre Vasconcellos, afirmou que os “números são alarmantes”, principalmente em relação ao percentual de vítimas fatais que tem os jovens, entre 15 e 29 anos, em primeiro lugar, como também ao fato de que a imprudência está entre as principais causas.

“Estamos com ações durante todo o mês, mas o trabalho continua, o trânsito é um desafio diário. Hoje estamos com mais de 100 dias sem acidente com vítimas fatais, mas temos que continuar trabalhando”, afirmou.

Constatações da Agetrat, conforme Alexandre, dão conta que os números de infrações mostram o quanto “cometem infrações de trânsito, e infrações que resultam em acidentes. É preciso consciência, não só dos motoristas, mas também dos pedestres que têm seus direitos, mas também têm seus deveres”, completou. Com informações da assessoria de imprensa da Câmara de Corumbá. 

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