Leonardo Cabral em 29 de Outubro de 2020
Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense
No intervalo de uma semana, cidade registrou 95 casos de dengue, conforme boletim epidemiológico
Corumbá soma 1.312 notificações positivas da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Na semana passada, eram 1.217. O total de positivos este ano é bem maior que os confirmados em todo ao ano de 2019, quando a cidade contabilizou 225 casos.
A cidade pantaneira tem 3.993 notificações suspeitas, enquanto em 2019, foram 1.403.
Cuidados
A tendência é que os casos aumentem daqui pra frente, com a chegada do período chuvoso, conforme alerta a Secretaria Municipal de Saúde. A preocupação é de que apareçam novos focos de mosquitos diante da possibilidade de antigos reservatórios de água encherem novamente, ativando o ciclo do Aedes. Os ovos do mosquito podem sobreviver sem água até 450 dias.
No início deste ano, a cidade registrou um surto de dengue tipo 2, que voltou a circular depois de dez anos e, desde então, tem encontrado populações suscetíveis à doença.
“O combate à doença é diário, mas neste período não podemos relaxar, peço que os moradores olhem seus quintais, o principal local onde encontram-se os focos, não joguem lixo nas ruas, e não deixem água acumulada. As ações agora são fundamentais para o resultado futuro”, pediu o secretário de Saúde, Rogério Leite.
Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense Nos quintais dos imóveis geralmente há focos do mosquito transmissor da dengue
Corumbá é a segunda cidade de Mato Grosso do Sul com mais mortes causadas pela dengue. São quatro óbitos em 2020. Em 2019, houve uma morte. Campo Grande lidera com sete vítimas. Ao todo, o Estado tem 42 mortes.
A doença
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população tomar medidas que evitem a proliferação do mosquito transmissor.
A Secretaria de Saúde de Corumbá disponibiliza telefones para moradores também denunciarem locais, como terrenos baldios e imóveis abandonados, com possíveis foco. O anonimato é garantido. Os números são: 0800 647 2255 / 0800 647 2109 / 3233-2783. Além disso, a Saúde segue com ações de bloqueio e combate a doença nos bairros da cidade.
As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:
Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água;
Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
Manter caixas d’agua bem fechadas;
Remover galhos e folhas de calhas;
Não deixar água acumulada sobre a laje;
Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;
Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
Acondicionar pneus em locais cobertos;
Fazer sempre manutenção de piscinas;
Tampar ralos;
Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
Catar sacos plásticos e lixo do quintal.
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