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Instalação de termoelétrica em Ladário vai ser discutida esta noite

Da Redação em 01 de Dezembro de 2016

O projeto para instalação da Usina Termoelétrica Fronteira (UTE Fronteira) em Ladário vai ser discutido hoje, 1º de dezembro, em uma reunião pública no Clube Marisco, da Marinha, a partir das 19 horas. O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semades), através do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), para que a população conheça a proposta da térmica que a Global Participações em Energia S/A (GPE) quer instalar na região. O investimento total previsto é de R$ 887 milhões.

Uma vez instalada, a termoelétrica prevê destinação única para a produção de energia elétrica, interconectando-se ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através de uma linha de transmissão em 230 kV, haverá a estimativa de criação de 500 empregos diretos e 2 mil indiretos durante a construção. Em operação serão 50 empregos diretos e 100 indiretos.

Toda a estrutura da inserção elétrica da UTE na rede, proporcionará maior confiabilidade ao sistema de abastecimento de energia elétrica na região, e também no atendimento às exigências nas horas de pico, pois se situa na ponta do sistema, não dependendo das pesadas transmissões de longa distância.

A geração de energia elétrica na UTE Fronteira será a partir da queima do gás natural, produzindo 266,5 MW, suficiente para abastecer uma cidade com 800 mil habitantes. A usina terá como localização a zona rural de Ladário, no sítio Salú, no quilômetro 516 da rodovia BR-262 – rua Nossa Senhora do Carmo –, em frente ao parque de exposições Belmiro Maciel de Barros, ao lado da subestação da Elecnor.

Pelo projeto, a planta vai operar com gás natural – não está previsto o uso de outro combustível – em ciclo combinado, a partir de uma turbina a gás, uma caldeira de recuperação de calor e uma turbina a vapor equipada com dispositivos para redução das emissões atmosféricas. São motivadores do empreendimento as disponibilidades de área (degradada e sem uso) para a instalação, de água bruta para operação e de logística favorável de matéria prima (gás natural) e insumos; demanda crescente por energia elétrica; proximidade e facilidade para conexão no Sistema Interligado Nacional; facilidade de acesso pela rodovia BR-262 e proximidade a dois centros urbanos importantes.  

Na reunião pública, além da apresentação do empreendimento, serão conhecidos os impactos negativos e positivos da instalação da Usina termoelétrica em Ladário; as medidas mitigadoras e o Estudo Ambiental Preliminar (EAP). De acordo com o Imasul é importante a participação popular no processo para que o órgão possa concluir a análise para a Licença Prévia (LP), que deu entrada em outubro de 2015.

Como impactos negativos para instalação e operação da UTE Fronteira são apontados o consumo de combustíveis fósseis (gás natural); consumo de água; emissão de gases do efeito estufa e alteração na qualidade do ar; geração de ruídos; geração de resíduos sólidos; afugentamento da fauna e pressão sobre a infraestrutura urbana. Impactos positivos são a geração de emprego e renda; incremento nas finanças públicas, dinamização da economia dos municípios de entorno e aumenta a oferta de energia ao Sistema Interligado Nacional para suprir de forma imediata a falta de energia-apagões.

Entre as medidas mitigadoras para diminuir ou prevenir os impactos estão o controle contínuo das emissões gasosas da chaminé com comunicação permanente com o Imasul; controle da qualidade do ar através de uma estação que fornecerá à população e órgãos, em tempo real, informações sobre a qualidade do ar; reduzir o consumo de combustível fóssil; realizar manutenção preventiva regular e contínua; fazer reuso de água nos processos industriais; instalar cortinas verdes em torno da planta e fazer o isolamento de máquinas e equipamentos ruidosos; promover o tratamento da água e de efluentes na planta industrial; implantar programa de gerenciamento de resíduos sólidos; fornecer e exigir o uso de equipamentos de proteção individual e conservar as áreas de reserva legal da propriedade.

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