Da Redação em 13 de Abril de 2025
Divulgação
Trecho a ser explorado tem extensão de 600 km
Apesar das preocupações com possíveis impactos ao bioma pantaneiro, o governo garantiu que a proposta não implica na privatização do rio e que as obras de dragagem seguirão padrões técnicos rigorosos, com foco na conservação ambiental.
“O investimento em gestão ambiental demonstra a determinação do governo federal em promover o desenvolvimento com responsabilidade, alinhada com a política estratégica do governo de Mato Grosso do Sul”, destacou o secretário Jaime Verruck da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). “Queremos garantir que o avanço da infraestrutura caminhe ao lado da preservação de um dos ecossistemas mais ricos do mundo”, acrescentou.
Investimentos em monitoramento e segurança
Entre as ações anunciadas durante a audiência pública, estão:
– Monitoramento hidrológico: Serão instaladas 50 réguas fluviométricas — um salto em relação às 12 atualmente em operação — para acompanhar com maior precisão o nível do rio.
– Gestão e inteligência fluvial: A modernização dos sistemas de tráfego (VTS e RIS) e a coleta de dados em tempo real permitirão uma navegação mais segura, eficiente e adaptada às condições climáticas.
– Sinalização e balizamento: A atualização dos sistemas de sinalização facilitará a navegação, inclusive em períodos noturnos ou de baixa visibilidade.
– Dragagem com responsabilidade: As obras visam garantir a navegabilidade da hidrovia por meio de dragagem de manutenção, com mínima remoção de sedimentos. Um estudo de impacto ambiental, com orçamento de R$ 16,5 milhões, acompanhará todas as etapas.
“O objetivo é transformar a hidrovia em um corredor logístico seguro e sustentável, fundamental para o escoamento da produção e o crescimento econômico de Mato Grosso do Sul”, afirmou Eduardo Pereira, coordenador de Mineração da Semadesc, que participou da audiência pública representando a Secretaria.
Participação da sociedade e ciência na tomada de decisões
A audiência pública contou com a participação de representantes da sociedade civil, comunidades ribeirinhas, ambientalistas e pesquisadores. Para o governo, a escuta ativa desses segmentos é essencial para a construção de um projeto legítimo e responsável.
A comparação com o Rio Mississippi, feita por autoridades durante a apresentação, ilustra o potencial logístico da hidrovia brasileira, mas também reforça a necessidade de um planejamento cuidadoso, atento à complexidade e à fragilidade do Pantanal.
O projeto da Hidrovia do Rio Paraguai é mais que um avanço em infraestrutura: representa um pacto com o futuro. A expectativa é de que os investimentos anunciados contribuam para tornar a hidrovia uma referência em segurança, eficiência e respeito ao meio ambiente.
“A modernização do sistema hidroviário não apenas impulsiona a economia regional, como também protege vidas e valoriza o conhecimento local das comunidades que há séculos convivem com o rio”, concluiu o secretário Jaime Verruck.
Trecho a ser explorado tem extensão de 600 km e fica entre o leito do Canal do Tamengo, em Corumbá, e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho. A concessão terá duração de 15 anos, e pode ser prorrogada por igual período.
Com informações da assessoria de imprensa da Semadesc.
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