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Arce diz que não vai renunciar e propõe medidas para a crise de combustível na Bolívia

Da Redação em 13 de Março de 2025

Reprodução/El Deber

Presidente insiste que não há crise, mas falta de dólares nos cofres do Estado

Sem o apoio de organizações e cercado por 16 de seus ministros, o presidente da Bolívia, Luis Arce, em pronunciamento na noite de quarta-feira, 12 de março, descartou renunciar ao mandato presidencial, devido à crise de abastecimento de combustível que a Bolívia enfrenta, como também em outros setores. 

Arce abordou os rumores na quarta-feira (em um discurso no qual anunciou 10 medidas para resolver o problema de fornecimento de combustível. Ele também deixou claro que a Bolívia não está falida e não está implorando por esmolas, mas sim por crédito. Também rejeitou uma possível desvalorização da moeda nacional e a retirada de subsídios de hidrocarbonetos.

Em seu discurso à nação, o presidente detalhou 10 medidas destinadas a mitigar o impacto dos problemas de fornecimento de combustível, incluindo jornada de trabalho contínua nos setores público e privado, aulas virtuais e fornecimento de combustível aos setores produtivo e público para resposta a emergências.

Da mesma forma, em referência direta às especulações, Arce reiterou que não renunciará ao cargo que conquistou com 55,11% dos votos em 2020 e insistiu que a prioridade de seu governo é proteger as famílias bolivianas e a economia.

Por decisão de parlamentares da oposição, a Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP) mantém bloqueados empréstimos de mais de US$ 1,6 bilhão. Se aprovados, esses empréstimos poderiam fornecer liquidez nessa moeda à economia para compras de combustível e outras obrigações.

Segundo a ministra da Presidência, María Nela Prada, quando esses empréstimos são aprovados, os dólares chegam ao Banco Central da Bolívia (BCB) e depois são usados ​​para financiar projetos em bolivianos, enquanto a moeda é adicionada às Reservas Internacionais Líquidas (RIL).

"Não estamos pedindo mais do que os empréstimos que o Estado pode pagar, porque hoje o problema que enfrentamos não é que a economia esteja falida, não é que estejamos em crise econômica, estamos enfrentando um problema de falta de liquidez de dólares americanos, (…) de moeda estrangeira, para pagar as importações de combustíveis", afirmou o presidente boliviano. 

Confira as 10 medidas anunciadas pelo presidente

1. Redução da utilização da frota de veículos no setor público para 50%.

2. Aumentar a distribuição de combustível nos postos de serviço de 50% para 80%.

3. A ANH implementará um aplicativo para informar oficialmente quais postos de gasolina têm combustível.

4. Postos de serviço específicos destinados ao fornecimento de combustível para transporte público.

5. Priorizar o fornecimento de combustível para atividades do setor agrícola por meio de programação.

6. Garantir combustível para serviços básicos, serviços de saúde, emergências e desastres naturais.

7. Horário de trabalho contínuo para os setores público e privado em todas as capitais do país, além de El Alto. Habilitando também a opção de teletrabalho.

8. Aulas virtuais nas cidades de acordo com a avaliação realizada pelos Serviços Departamentais de Educação.

9. Na cidade de La Paz, o horário de funcionamento do meu teleférico será estendido das 5h às 23h durante este período.

10. Reforçar o controle nas fronteiras, postos de serviço e caminhões-tanque com efetivo militar.

Com informações El Deber, TV Unitel e Prensa Latina 

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