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Não tem pra ninguém: irreverência e alegria do Cibalena comandaram a sexta de carnaval em Corumbá

Rosana Nunes em 01 de Março de 2025

Leonardo Amaral/Fora do Roteiro

Imagem aérea mostra descida dos foliões pela Frei Mariano até a passarela do samba

Não há chuva que dissolva a alegria e a irreverência do folião corumbaense. Ainda mais quando é dia do Cibalena, o mais tradicional bloco de sujos do município pantaneiro e que soma uma história que chegou aos 48 anos em 2025.

Milhares de foliões ignoraram o contratempo climático na concentração e fizeram da chuva um adereço a mais na fantasia para brincar nessa folia. Corumbá, que é considerada uma das mais quentes do país, teve um refresco para que o maior bloco de rua de Mato Grosso do Sul pudesse desfilar pela rua Frei Mariano até chegar à Passarela do Samba, na avenida General Rondon.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Na concentração, a leve chuva deixou o clima ainda melhor

Se tem uma coisa que o Cibalena também tem é a tradição. E como ela manda desde a criação do bloco, em 1977 por um grupo de amigos, aconteceu o tão disputado concurso para escolha da Musa do Cibalena.

“É uma tradição que dou continuidade, pois antes de eu chegar aqui, o senhor Nelson Dias de Rosa era o presidente e todos os anos eles faziam o concurso. A gente vai continuar sempre fazendo”, disse o presidente do bloco Elias Ferreira ao Diário Corumbaense.

A inscrição é feita momentos antes do desfile, ainda na concentração do bloco onde um corpo de jurados avalia quesitos como criatividade e desenvoltura. Cada candidato ou beldade como a tradicional marchinha do bloco chama os seus integrantes, usa o momento para convencer o júri de que merece levar o troféu do ano. A disputa não envolve premiação em dinheiro e, mesmo assim, atrai muitos candidatos.

Imagens: Anderson Gallo

“É uma paixão que nem clube de futebol. Se você vir no carnaval de Corumbá e não desfilar no Cibalena, não brincou de verdade o carnaval”, declarou Elias ao tentar explicar a paixão do corumbaense pelo bloco mais democrático e irreverente da cidade, pois cada um se fantasia como pode, tendo acesso livre ao longo de várias quadras que formam a grande massa de foliões na sexta-feira do carnaval corumbaense.

“Eu me inspirei numa fantasia de um garoto que vi no Tik Tok e vim brincar aqui pela primeira vez. A magia do carnaval é uma coisa linda e o Cibalena é demais”, contou o montador de móveis e estreante na folia , Luís Guilherme, de 23 anos.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Concurso da Musa: Maria Navalha (à esquerda); Arlequina e Gorila

Também estreando, mas na competição da Musa do Cibalena, quem levou o título de 2025 foi Paulo Boaventura com a fantasia “Maria Navalha”, uma homenagem a uma das entidades na Umbanda.

“A sensação é maravilhosa, a torcida incentiva bastante a gente. O Cibalena é assim, aceita todo mundo, com muito respeito, cada concorrente em todo o carnaval”, falou Paulo que é um folião conhecido no meio carnavalesco de Corumbá.

Na segunda colocação ficou a fantasia Arlequina, que fez referência à personagem dos quadrinhos da DC Comics, e, em terceiro lugar, o Gorila. Já passava das 23h, quando o Cibalena seguiu rumo à avenida e, durante o trajeto, somaram a ele, os integrantes do Bloco As Poderosas. 

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Multidão já na avenida General Rondon, a passarela do samba

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