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Enquanto UTI Neonatal não é implantada, audiência discute investimento em unidade semi-intensiva

Da Redação em 29 de Fevereiro de 2024

Divulgação/Câmara de Corumbá

Audiência pública foi realizada no plenário da Câmara

Enquanto a UTI Neonatal não sai do papel, a solução será investir na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional, mais conhecida como unidade semi-intensiva neonatal, com equipamentos, material permanente e equipe de profissionais especializados, principalmente, para melhorar o atendimento na maternidade local, visando reduzir os índices de óbitos de bebês recém-nascidos.

O assunto foi amplamente debatido na noite de quarta-feira, 28, na Câmara de Vereadores, durante uma audiência pública como tema “Os prejuízos à saúde pantaneira pela inexistência de UTI Neonatal na rede pública de Corumbá”, de iniciativa da vereadora Raquel Bryk (que esteve ausente devido a problemas de saúde) e do vereador Chicão Vianna.

A audiência aconteceu no plenário “Dr. Léo de Medeiros Guimarães” e contou com um bom público, inclusive pais e parentes de bebês que foram a óbito recentemente na cidade. Foi presidida pelo vereador Chicão Vianna. Estavam presentes os vereadores Allex Dellas, Elinho Junior e Alexandre Vasconcellos.

Presentes também o promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães; médico pediatra Gladstone Cezar Medina Siqueira; Leonardo Cardoso Batista de Oliveira, assessor jurídico da Secretaria Municipal de Saúde; André Junqueira, médico pediatra; superintendente de Gestão em Saúde do Município, Andréia Junqueira; médico Antônio Sabatel, ex-vereador da cidade, entre outras autoridades.

Chicão ressaltou que a iniciativa da audiência pública é a construção de 'pontes' e buscar soluções para um problema grave que aflige a população, e já houve avanço: como a implantação de uma UTI Neonatal deve ocorrer somente a partir de uma futura regionalização do hospital local, processo já em andamento, as autoridades concordaram que, de imediato, é preciso fortalecer a unidade semi-intensiva neonatal, com capacidade para desenvolver um atendimento especializado aos recém-nascidos.

Emendas

O vereador informou que já há recursos assegurados, por meio de emenda parlamentar dele e da vereadora Raquel, R$ 100 mil, bem como do deputado federal Luiz Ovando, médico corumbaense, R$ 300 mil, para aquisição de equipamentos e material permanente, que serão destinados à unidade semi-intensiva neonatal.

“Já é um grande avanço. Eu e a vereadora Raquel estivemos na Santa Casa e fizemos um levantamento do que é necessário para fortalecer essa semi-intensiva neonatal. Com recurso proveniente de emendas nossas e do deputado Luiz Ovando, poderemos adquirir um berço aquecido modelo três pontas (R$ 80 mil); uma incubadora de transporte neonatal (R$ 52,5 mil); um aspirador de secreção elétrica móvel (R$ 3,183 mil); um aparelho de fototerapia (R$ 9,578 mil); um berço aquecido (30 mil); bomba de infusão de seringa (R$ 9,573 mil); incubadora neonatal estacionária (R$ 50,466 mil); monitor multiparâmetros (R$ 9,918 mil), e um ventilador pulmonar presométrico e volumétrico (R$ 102,95 mil).

O médico pediatra Gladstone Siqueira apontou esta saída. Foi claro ao afirmar que não é somente pensar em uma UTI para solucionar o problema. Conforme ele, o trabalho começa no início da gravidez da mãe, que precisa fazer o pré-natal nas unidades de saúde, para que o bebê se desenvolva com saúde.

Ressaltou que o pré-natal, o acompanhamento, é fundamental para evitar parto prematuro. “Quando cheguei em Corumbá me deparei com um grande número de partos prematuros e isso foi o que me assustou na cidade”, observou, destacando a necessidade de um bom acompanhamento da gestante e, dotar a unidade semi-intensiva neonatal de estrutura necessária para atender esses bebês, enquanto a UTI não é implantada na cidade.

O promotor, ainda no início da audiência, destacou que o evento já estava produzindo resultados positivos, primeiro, trabalhar na questão relacionada ao nascimento prematuro, acompanhamento da gestante por parte das unidades básicas de saúde, e buscar investimentos para fortalecer a unidade semi-intensiva, e que a UTI Neonatal em Corumbá é um tema que vem sendo debatido judicialmente desde 2015, quando o Ministério Público entrou com uma ação civil pública, cobrando não só o Município, mas também o Estado.

Um relatório da audiência será encaminhada ao promotor, inclusive sobre uma questão apontada por uma mãe que participou do evento, que reivindicou plantão pediátrico 24 horas no hospital de Corumbá.

Regionalização

A regionalização da Santa Casa de Corumbá, durante a audiência, foi apontada pelos vereadores Elinho Junior, Alexandre Vasconcellos e Allex Delas, como de suma importância para ampliação da estrutura hospitalar local, com a implantação de uma UTI Neonatal, inclusive. Eles acreditam que, ainda nesse primeiro semestre, com a conclusão de uma auditoria realizada na unidade local, deva ser assumida pelo Governo, o que representará mais investimentos na saúde pública corumbaense.

As informações são da assessoria de imprensa da Câmara de Corumbá. 

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