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PMA de Corumbá multa dono de propriedade rural em R$ 9,6 milhões por incêndio na Serra do Amolar

Rosana Nunes com Portal de Notícias de MS em 05 de Fevereiro de 2024

Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar

PMA identificou 1.289,67 hectares queimados

Depois de levantamento da origem de um grande incêndio na região conhecida como Serra do Amolar, policiais militares ambientais de Corumbá, que trabalham na Operação Prolepse de prevenção aos incêndios, autuaram na sexta-feira (02), dono de uma propriedade rural, pelo incêndio de grandes proporções naquela região.

A PMA identificou através levantamentos técnicos, sistema de Georreferenciamento, o ponto de ignição do incêndio, e correspondia ao empreendimento do autuado.

Além disso, pelas análises de imagens de satélites, também foi constatado que o incêndio teve início no dia 27 de janeiro perdurando por mais quatro dias.

Ainda de acordo com a PMA, a extensão da área incendiada corresponde a 1.289,67 hectares. O homem foi autuado administrativamente e multado em R$ 9.672.525,00. A PMA não divulgou o nome do fazendeiro e nem da propriedade rural. 

O fogo

Na Serra do Amolar, a operação para controle e extinção das chamas foi iniciada pelos bombeiros no dia 29 de janeiro – porém com atuação de brigadistas dois dias antes, quando o fogo foi identificado. O trabalho no local do foco ganhou auxílio com o lançamento de água feito pela aeronave “air tractor”. 

Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar

Avião "air tractor" ajudou no lançamento de água sobre focos

Em diferentes frentes, a execução da tarefa envolveu preparação minuciosa, desde a logística para abastecimento de combustível e água – que é lançada nas chamas –, até cálculos que garantem a segurança dos voos e das equipes em solo.

O uso das aeronaves se mostrou eficaz, especialmente quando a ação em solo é coordenada ao lançamento de água. “Essa aeronave é muito efetiva pela quantidade de água que ela carrega. É a maior em operação no Brasil, com exceção da aeronave da Força Aérea, para operação de combate a incêndio. E em conjunto, aeronave com apoio das equipes em solo, o ganho em efetividade é muito grande no combate aos incêndios florestais”, disse o tenente Lucena.

Os bombeiros contam com efetivo de 18 militares no local - o apoio aéreo ocorreu por cinco dias -, e mesmo após algumas chuvas que ajudaram a controlar e extinguir alguns focos, a equipe continua na área para fazer o rescaldo e evitar nova propagação de fogo. A área queimada se estendeu e pode ter ultrapassado 4 mil hectares, de acordo com o grupo de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar.

O incêndio na área de preservação próxima a Serra do Amolar é atípico, e o segundo que contou com atuação dos bombeiros em 2024 na região pantaneira – outro ocorreu na semana passada em Miranda, na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. 

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