Portal de Notícias de MS em 01 de Fevereiro de 2024
Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar
Bombeiros fizeram voo de reconhecimento hoje
A área do incêndio é de difícil acesso e por isso o trabalho aéreo é importante nas ações de combate, já que pelo rio, o acesso está interrompido por conta dos camalotes e baceiros (vegetação flutuante que pode aglomerar-se de tal forma que cria pequenas ilhas que impedem o acesso a corixos ao longo do rio Paraguai).
“Fizemos o reconhecimento da área, há muita fumaça realmente densa no local e três pequenos focos de incêndio. O air tractor vai decolar para soltar a água. Além disso, a guarnição por terra continua em prontidão”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.
O trabalho dos bombeiros militares começou na terça-feira (30), na região da Serra do Amolar, quando a chuva que atingiu a região contribuiu para reduzir os focos, de onze para seis. Até ontem (31), 1.598 hectares na Serra do Amolar tinham queimado. Também na quarta-feira à tarde, as equipes de campo identificaram locais com fumaça e realizaram atuação direta para reconhecimento da área. Em todo o Pantanal, conforme o Painel do Fogo, neste primeiro mês do ano foram registrados 115 eventos de fogo, enquanto no ano passado foram 28 registros.
“A guarnição subiu o rio Paraguai, foram cinco horas de deslocamento na Serra do Amolar. E a área é de difícil acesso, foram várias horas para progressão de poucos quilômetros no local do incêndio. A equipe atua com equipamentos de combate e drones para georreferenciamento”, disse a tenente-coronel Tatiane.
O incêndio florestal da Serra do Amolar teve início no sábado (27), em uma área que não era atingida por chamas desde 2020, de acordo com informações do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), que atua nas ações de combate ao fogo e que conta ainda com apoio da Marinha do Brasil e comunidades. A Brigada Alto Pantanal, do IHP, mantém 14 brigadistas destacados para agir na região e parte do grupo faz o combate há cinco dias.
Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar
Ilhas da Serra do Amolar, onde o fogo foi controlado, mas a fumaça persiste na área, que vai receber água com uso de avião
Miranda
O Corpo de Bombeiros também atua no monitoramento da região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, em Miranda. No local foi controlado e extinto incêndio florestal na quarta-feira (31).
“As nossas guarnições estão a pronto emprego em todo o Estado. A medida que detectamos a necessidade de aumentar a estrutura, estamos mobilizados para reforço no combate”, disse a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros.
A equipe do Corpo de Bombeiros começou a atuar na área na terça-feira (30), e ontem a fumaça do incêndio chegou até a cidade. O fogo foi controlado, mesmo assim os militares mantêm atividades com utilização de máquinas – pá carregadeira, trator de lâmina e de grade.
Serra do Amolar
A região da Serra do Amolar, que está dentro do Pantanal em Corumbá, é um território de grande biodiversidade e área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão de morrarias que chegam a ter quase 1 mil de altitude. A área fica a aproximadamente 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá e por via fluvial, pois só é possível chegar nesse local por ar ou pelo Rio Paraguai.
Receba as principais notícias de Corumbá, Ladário e MS pelo WhatsApp do Diário Corumbaense. Clique aqui para entrar em um de nossos grupos.
06/02/2024 Com incêndio extinto, bombeiros fazem monitoramento na Serra do Amolar
05/02/2024 PMA de Corumbá multa dono de propriedade rural em R$ 9,6 milhões por incêndio na Serra do Amolar
03/02/2024 Corpo de Bombeiros amplia atuação para controlar incêndio na Serra do Amolar
02/02/2024 Corpo de Bombeiros Militar ainda combate focos de incêndio em Miranda e Serra do Amolar
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.