Portal de Notícias de MS em 15 de Agosto de 2023
Álvaro Rezende/Governo do Estado
Área certificada é de 135 mil hectares, na Serra do Amolar
Realizado pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro), o projeto segue a política do Governo do Estado de neutralizar a emissão de carbono no Mato Grosso do Sul até 2030. Para isto, a iniciativa de sucesso desenvolve uma série de ações em um território que tem quatro Reservas Particulares de Patrimônio Natural, na Serra do Amolar.
Entre as atividades está o monitoramento constante para garantir mensuração sobre a presença da vida selvagem no território. Além disso, há ações para garantir que o fogo seja prevenido e ele não cause desmatamento. Bem como integração das comunidades nas atividades de recuperação de áreas já degradadas e no incentivo do turismo sustentável.
O resultado deste trabalho foi uma certificação referente ao período de 2016 a 2020 de créditos de carbono para serem comercializados no mercado voluntário. A venda que já está sendo feita permite mais recursos que são usados pelo instituto para conservação da natureza no Pantanal.
"Nasce nesse contexto de conservação e serviços ambientais oportunidades como que o Instituto Homem Pantaneiro está fazendo que é o de certificação de créditos de carbono. Ainda estamos trabalhando no mecanismo de biodiversidade. Essas são pautas da bioeconomia que não podem ficar relegadas em um bioma que se encontra em grande parte conservado", descreveu o presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo.
Divulgação/IHP
Onça-pintada na Serra do Amolar, no Pantanal
“É uma iniciativa muito importante porque mostra que o Pantanal tem potencial ambiental econômico. Acredito muito nessa linha porque isso gera resultados e contribui para preservação do bioma. Assim temos a meta ousada de chegar em 2030 neutralizando as nossas emissões. Nosso objetivo é que todas as atividades públicas e privadas contribuam neste sentido”, descreveu.
Certificação
Esta certificação foi a primeira a um projeto desenvolvido no Pantanal. Ela foi concedida pelo VERRA, empresa que hoje domina o mercado na metodologia REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal).
O projeto conta com apoio estratégico do Programa Conexão Jaguar, que é mantido pela empresa ISA CTEEP. O total de crédito (carbono) certificado é de 231 mil toneladas de CO2. A iniciativa tem duração de 30 anos.
O mercado de carbono permite que empresas e organizações compensem as suas emissões de gases de efeito estufa, fazendo aquisições de créditos gerados por projetos que promovem esta redução.
O secretário da Semadesc ((Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, avalia como positiva esta ação dentro do Pantanal. "Estas atividades promovidas pelo projeto geram um crédito de carbono. Este pode ser vendido a empresas que emitem carbono e precisam comprar para neutralizar suas emissões. Este recurso será usado pelo instituto para reforçar ainda mais o cuidado e preservação do bioma. Esperamos levar este modelo para outras instituições".
Receba as principais notícias de Corumbá, Ladário e MS pelo WhatsApp do Diário Corumbaense. Clique aqui para entrar em um de nossos grupos.
10/10/2023 Riedel se reúne com produtores para discutir "Lei do Pantanal"
26/08/2023 Audiência Pública reforça importância do pantaneiro na criação de lei específica para o bioma
22/08/2023 Prefeito e ACERT discutem propostas para audiência pública sobre nova Lei do Pantanal
18/08/2023 Prefeito defende debate amplo e valorização dos pantaneiros na construção da lei do Pantanal
18/08/2023 Federação sugere equilíbrio em lei para garantir lucro a produtores pantaneiros
17/08/2023 Lei do Pantanal: presidente de instituto defende incentivo a pecuaristas pantaneiros
16/08/2023 Publicado decreto que suspende licenças de supressão de vegetação nativa no Pantanal
14/08/2023 Riedel suspende desmatamento no Pantanal até nova lei
14/08/2023 Pantanal troca de mãos: sai o “pantaneiro raiz” e entra o fazendeiro de cidade
14/08/2023 Lei do Pantanal será elaborada com participação de diversos segmentos
11/08/2023 Governo reúne segmentos para criar a 1ª Lei do Pantanal
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.