Campo Grande News em 21 de Dezembro de 2022
Arquivo/Diário Corumbaense
Barco Carcará depois de retirado do rio no dia 1º de março de 2022
A investigação, com oitiva de nove sobreviventes e perícia minuciosa realizada pelos dois órgãos, aponta que o comandante - visto como experiente e que conhecia a região - não garantiu a segurança da navegação, deixando de consultar previsões meteorológicas, abarrancar e aguardar a melhora do tempo, medidas que poderiam ter evitado que o barco virasse.
Ele, inclusive, teria percebido ‘o tempo se formando’, foi até a praça de máquinas e aumentou a rotação do motor “visando chegar em Corumbá antes da tempestade que se aproximava, levando em conta que estavam a menos de 5 km de distância do ponto de atracação”, explicou a Marinha.
“A causa determinante do emborcamento da embarcação Carcará foi a imprudência do sr. Vitor Celestino Francelino, Comandante, por, como principal de bordo, não ter buscado tomar conhecimento das previsões meteorológicas disponíveis antes de iniciar a singradura e durante a viagem, tentando chegar em Corumbá/MS, mesmo ciente dos evidentes sinais de mau tempo, como aumento da intensidade do vento, do estado do rio e da precipitação”, concluiu a Marinha.
Investigação
Marinheiros e passageiros foram ouvidos durante a investigação, o que abriu a possibilidade de falha humana. Já outros depoimentos apontam que pouco poderia ser feito por Vitor. Os passageiros ainda alegaram não terem escutado comentário a respeito das condições do tempo antes do acidente e que o comandante não havia feito uso de álcool ou drogas durante o período de navegação, que começou em 09 de outubro.
Tragédia
O barco naufragou durante chuva e ventos com rajadas de mais de 64 km/h, em Corumbá, na tarde de 15 de outubro de 2021. Ele pertence a uma associação chamada "Amigos do Rio", boa parte deles, moradores da cidade de Rio Verde de Goiás.
No barco, estavam 21 pessoas, que participavam de um churrasco. Quatorze delas conseguiram se abrigar no casco da embarcação, que ficou de ponta cabeça. Entretanto, sete morreram. Cinco deles eram de Rio Verde de Goiás; o comandante e um ajudante de convés, eram de Corumbá.
Com colaboração de informações do site Olha Goiás.
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