Leonardo Cabral em 12 de Novembro de 2022
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Passeata percorreu a principal rua da área central e foi encerrada na Avenida General Rondon
A mobilização, que percorreu a rua Frei Marino e foi encerrada na Avenida General Rondon, foi para chamar a atenção da sociedade, mostrando que doar pode e, com toda convicção, ajudar a salvar e mudar a realidade de muita gente, como crianças e adolescentes assistidas pelo Instituo Moinho Cultural, Cripam (Casa de Recuperação Infantil Padre Antonio Müller), Instituto Novo Olhar e Cidade Dom Bosco.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Alice Aquino disse que objetivo é chamar a atenção de todos, principalmente de empresários
“A campanha de doação veio para o Brasil em 2013, justamente para promover um país mais solidário. Ela tem essa proposta e as instituições que sobrevivem de doações, se uniram nessa causa. Pensando nisso, decidimos mobilizar a sociedade, ainda mais chamando a atenção dos empresários, para que eles olhem que de fato cada doação muda a vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade dentro do município. E aqui, temos a região de fronteira, que é um diferencial a mais, pois o Moinho também atende os bolivianos, através de suas atividades”, disse Alice.
Já Dilson Esquer, coordenador pedagógico da Cripam, uma das instituições da cidade que mais sobrevive de doações, o ato quer despertar a sensibilidade da população, mostrando que além de doar, o “se doar”, de forma física, também é uma forma de ajudar nas atividades.
“A Cripam, desde 2017, aderiu ao Dia de Doar, e vem nessa batalha de promover essa cultura, tanto que uma das vitórias esse ano foi a Lei sancionada no início de novembro. Isso quer dizer que o poder Executivo e Legislativo também entendem e apoiam esse movimento. Nossa ideia é fazer ação de sensibilização e ter em seguida esse retorno das doações dentro do município, pois essas doações que recebemos, ajuda a manter vivo um sonho de uma criança. Nenhuma instituição é rica por si só, por isso, precisamos de doações. Mas além de doar financeiramente, temos outro movimento que é de um olhar mais amplo para o doar que virou monetário. Temos também o doar tempo, engajamento pelas redes sociais, compartilhando informações, doar generosidade e oração, então isso ajuda e muito”, enfatizou Dilson ao Diário Corumbaense frisando que a Cripam atende 600 crianças atualmente.
O fundador do Instituto Novo Olhar, Edinaldo Souza Neves, contou que a entidade tem em seu quadro hoje, 98 crianças e adolescentes atendidos no contraturno escolar. “Precisamos ter a consciência de que doar é ajudar, é transformar, com toda certeza, isso é que faz valer tuda a pena”, disse.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Mobilização reuniu integrantes de organizações que atuam na cidade e sobrevivem de doações
“A cultura do doar foi fundamental para que pudéssemos nos construir e chegarmos ao somos hoje. É importante para as organizações, pois elas fortalecem a possibilidade dos atendidos, para que possam se desenvolver junto com as organizações nas suas frentes de trabalho. Essa união é importante para fazer com que a sociedade corumbaense e o comércio entendam o quanto é importante doar e dar essa proteção e desenvolvimento às crianças e jovens”, disse Melgar.
Doar transforma e ajuda a desenvolver
Muitas pessoas já passaram por uma instituição existente em Corumbá e hoje atuam no mercado de trabalho levando o aprendizado que tiveram ao longo dos anos em que participaram das atividades dentro da instituição que pertencia. Essa luta não para e quanto uns saem, outros chegam para preencher esses espaços e ajudar a fazer a diferença.
Exemplo disso é Luana Barbosa, que faz parte do Moinho Cultural. Foi dentro da instituição que ela aprendeu a toar violoncelo e muitas outras coisas mais, que vão servir como base na sua vida profissional e pessoal.
“Por isso é importante ajudar, doar, pois quem faz essa ação, ajuda a transformar. Quanto mais doação maior é a chance da instituição abrir mais espaço para quem quer somar e estar ali aprendendo. Essa ajuda tem muita importância para que possamos estar sempre de portas abertas”, falou Luana, que está no Moinho há cinco anos.
Kamilly Coelho, de 15 anos, está na Cripam há sete anos. "Importante sempre estar ensinando que temos que colaborar e ajudar as pessoas, pois quando fazemos isso, reflete diretamente em quem é ajudado, como acontece na Cripam, que sobrevive boa parte das doações e se isso não acontecesse, provavelmente não estaria lá, como muitos dos meus colegas”, mencionou Kamilly que faz aulas de dança e toca na fanfarra da instituição.
Como participar neste fim de ano
Para participar da campanha, basta a pessoa adquirir o ‘Bolo do Dia de Doar’, no gesto simbólico de R$ 40,00. As encomendas podem ser feitas pelos telefones (67) 98471-7030 e (67) 98484-7971
A arrecadação ajudará a Cripam e as instituições parceiras, a transformar um gesto de solidariedade em um kit Natalino com farofa, refrigerante, frango e panetone para 300 famílias em situação de vulnerabilidade social atendidas pela instituição.
Como surgiu
O Dia de Doar é uma mobilização que promove um país mais solidário, por meio da conexão de pessoas com causas. No Brasil, o Dia de Doar foi realizado pela primeira vez em 2013, um ano depois da primeira edição, nos Estados Unidos em 2012. Desde 2014, o Brasil passou a fazer parte do movimento global, que hoje conta com 85 países participando oficialmente.
De acordo com o texto da lei sancionada pelo prefeito Marcelo Iunes, no dia 01 de novembro, o “Dia de Doar” será comemorado anualmente na terça-feira subsequente ao Dia Nacional de Ação de Graças.
As atividades à data têm como objetivo promover a cultura de doação para fins de filantropia no município e mobilizar indivíduos, empresas, instituições e governo por uma cidade mais generosa, voluntária e solidária, em especial para com as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos.
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