UOL Notícias em 04 de Março de 2022
Zaporizhzhya NPP/YouTube/Reuters
Imagens de câmeras de segurança mostram um clarão na Usina Nuclear de Zaporizhzhia durante bombardeio na cidade de Enerhodar, na Ucrânia, em 04 de março de 2022
A Rússia, porém, responsabilizou a Ucrânia, dizendo que militares do país incendiaram um prédio da usina. Os russos alegam que controlam a central nuclear desde o final de fevereiro.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou que Moscou apelou para "terrorismo nuclear" ao bombardear a usina e que os russos quererem "repetir" a tragédia nuclear de Chernobyl, ocorrida em 1986. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) criticou os russos pela ação contra a central nuclear.
A agência de inspeção de usinas atômicas da Ucrânia informou não ter detectado vazamento radioativo. "O território da central nuclear de Zaporizhia está ocupado pelas Forças Armadas da Federação Russa", afirmou a agência estatal ucraniana.
A agência informou ainda que "funcionários operacionais controlam os blocos de energia e garantem seu funcionamento de acordo com as exigências das regulamentações técnicas e de segurança". Dos seis reatores, o primeiro está fora de operação, os números 2, 3, 5 e 6 estão em processo de resfriamento e o 4 permanece em operação.
A usina de Zaporizhzhia fica a 150 quilômetros ao norte da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. As autoridades ucranianas haviam informado nas primeiras horas desta sexta-feira que forças russas atacaram a usina e que um prédio de cinco andares ao lado dela estava em chamas em decorrência dos bombardeios. O fogo foi controlado.
Nesta sexta (04), há também relatos de destruição de equipamentos militares das forças russas por parte de ucranianos em algumas regiões do país.
Uma reunião do G7 —grupo que reúne Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Alemanha e Japão— está prevista para hoje para discutir a situação na Ucrânia.
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