Da Redação com a assessoria da UFMS e OSB em 23 de Setembro de 2021
Marina Andrade
OSB já realizou mais de cinco mil apresentações no país e no exterior
Para o processo de produção do conteúdo teórico do espetáculo, a OSB contou com o apoio do professor e pesquisador do Mestrado em Estudos Fronteiriços do Campus do Pantanal da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marco Aurélio Machado de Oliveira. “O diretor artístico da OSB, Nikolay Sapoundjiev, entrou em contato comigo a partir de uma indicação da presidente do Instituto Moinho Cultural de Corumbá. Ele precisava de alguém para colaborar neste projeto e que pudesse fornecer informações sobre o Centro-Oeste”, conta o professor sobre o convite.
Após aceitar o convite, o professor recebeu todo o material de repertório e estrutura do espetáculo, como imagens, arranjos sinfônicos, entre outros. “Dei algumas sugestões em relação ao conceito da questão do Centro-Oeste, que não foi apenas o resultado de uma inserção bandeirante no centro do continente. Conversamos sobre a presença hispânica que se tornou paraguaia e boliviana, sobre a questão indígena e dos trabalhadores escravizados”, fala.
A partir disso, Marco Aurélio colaborou com a criação do conteúdo teórico e de pesquisa e, de acordo com o diretor executivo da OSB, Gregório de Melo Tavares, desempenhou fundamental papel. “O professor foi um dos principais responsáveis pela idealização do projeto”, destaca.
“Foi uma experiência incrível, maravilhosa, fantástica. A luminosidade e a grandeza, o simbólico da Orquestra coaduna perfeitamente com o profissionalismo e a generosidade com que me trataram. O resultado ainda não assisti, pois vou poder ver de perto em outubro”, diz o professor que já trabalha com cultura há algum tempo, porém nada deste porte.
A convidada para os concertos em homenagem ao Centro-Oeste é a violeira Carol Carneiro. No repertório, clássicos da música caipira e do chamamé, reverenciando também as danças típicas e cantigas de roda. A regência da OSB é do maestro Eduardo Pereira.
Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense
Professor Marco Aurélio disse que experiência foi "incrível"
A série
Cinco espetáculos inéditos que celebram a cultura popular brasileira compõem a série “A OSB do Brasil”, que a Orquestra Sinfônica Brasileira leva aos palcos do Rio de Janeiro entre setembro e dezembro. O grupo apresenta arranjos sinfônicos para um vasto repertório que retrata o folclore das cinco regiões do país, em espetáculos temáticos e multi-linguagens que contam com participações especiais de artistas representativos de cada território.
Abrindo a série, foi realizado o espetáculo dedicado à Região Sudeste, no início deste mês com a participação do Jongo da Serrinha e Ivo Meirelles como convidados e regência do maestro Eduardo Pereira. A série “A OSB do Brasil” tem patrocínio do Bradesco.
O segundo concerto está programado para esta quinta e sexta, dias 23 e 24 de setembro e vai homenagear a região Sul; dias 04 e 05 de outubro, região Centro-Oeste e nos dias 16 e 17 de novembro é a vez das riquezas da Região Norte.
Sobre a Orquestra
Fundada em 1940 pelo maestro José Siqueira, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital da República, a OSB já realizou mais de cinco mil apresentações no país e no exterior, sendo a maior expressão da música de concerto da cidade. Da inauguração de Brasília às recentes comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro, a OSB está constantemente presente nos momentos históricos do país e é considerada patrimônio do Rio de Janeiro e do Brasil.
Em 2020, a OSB completou 80 anos de existência e, devido à pandemia da Covid-19, não foi possível realizar as ações programadas. Porém, a Orquestra também se adaptou ao cenário imposto e migrou suas atividades para o ambiente virtual, realizando mais de cem ações on-line, impactando milhões de pessoas.
Saiba mais sobre a OSB acessando o site osb.com.br.
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