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Três são acusados de matar jovem em Goiânia; "amiga" da vítima desejava saber se era psicopata

G1/Goiás em 16 de Setembro de 2021

Reprodução

Amigos de jovem encontrada morta são presos suspeitos de esfaquear vítima e esconder corpo

A morte de Ariane Bárbara Laureando de Oliveira, de 18 anos, chocou os moradores de Goiânia. A jovem ficou sete dias desaparecida até ter o corpo encontrado em uma mata de um bairro nobre da capital. Segundo a Polícia Civil, três amigos dela são suspeitos do crime e a motivação seria porque um dos investigados queria saber se era psicopata. 

A jovem desapareceu no dia 24 de agosto após dizer para a mãe que iria se encontrar com amigos para lanchar, em Goiânia. A mãe dela, Eliane Laureano, disse que a filha chegou a mandar uma mensagem contando que voltaria para casa no mesmo dia, o que não aconteceu. 


No dia seguinte, a mãe registrou um boletim de ocorrências. Após três dias desaparecida, ela procurou a imprensa para pedir ajudar para encontrar a filha. Na ocorrência, consta que a menina contou que ia para a casa dos amigos, que ficava no setor Jaó, mesmo bairro em que foi encontrada morta.   


O corpo de Ariane foi encontrado pela polícia em estado avançado de decomposição na manhã do dia 31 de agosto, em uma mata. Uma nota divulgada pela perícia informou que a identificação foi feira por meio de impressões digitais.   


Os suspeitos do crime são três amigos da jovem, que foram presos na quinta-feira (15). A Polícia Civil divulgou a identidade deles. Os detidos são: Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, Raíssa Nunes Borges, de 19, e Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18, que usa o nome de Freya.    


O delegado Marcos de Oliveira Gomes, que investigou o crime, disse que Ariane foi morta porque Raíssa Borges desejava saber se era psicopata. Para isso, ela teria que matar alguém para avaliar a própria reação após o assassinato. Eles criaram uma lista de possíveis vítimas. 


De acordo com as investigações, Ariane foi escolhida pelo trio porque era pequena, de baixa estatura, e, se caso reagisse no momento do homicídio, eles conseguiriam segurá-la para realizar o crime. 


Como eles a mataram? 


Segundo a polícia, o crime seguiu uma ordem elaborada pelos suspeitos e foi cometido dentro de um carro. O delegado explicou que eles escolheram uma música que falava sobre homicídio e que a canção foi tocada em um momento específico da conversa entre eles. 


Reprodução/TV Anhanguera

Enzo Jacomini, Jeferson Rodrigues e Raíssa Borges foram presos suspeitos de matar amiga em ritual em Goiânia

No meio da música, um deles estalou os dedos. Esse era o sinal para Raíssa matar a amiga, de acordo com Marcos Gomes. O delegado contou ainda como o trio se organizou para cometer o crime dentro de um carro: Jeferson ficou responsável por levar o carro, forrar o porta-malas com sacos de lixo (para levar o corpo até o local onde ele seria deixado) e levou as facas.  “O Jeferson era o motorista, Enzo estava no banco do passageiro e a Raíssa estava no banco de trás com a vítima. Primeiro o Enzo enforcou a vítima, depois a Raíssa deu as facadas”, descreveu. 

A mãe de Ariane contou ao G1 que ela tinha uma amizade com eles e que já havia saído antes com o trio. Segundo a mãe, a menina sempre enviava vídeos a ela de onde e com quem estava. Ela revelou que uma dessas imagens aparece um dos suspeitos.    


Além disso, a mãe da menina também contou que ela gostava muito de andar de skate e que os suspeitos sempre estavam com ela na pista em que frequentava. 


Quem era Ariane? 


Jovem, de 18 anos, Ariane de Oliveira gostava muito de animais e sonhava em ser veterinária, mas teve que interromper os estudos porque estava sofrendo bullying na escola, conforme explicou a mãe.


A menina ouvia piadas por conta de sua altura e magreza, por já estar no ensino médio. A mãe dela disse que já havia a matriculado de volta em outro colégio para que fizesse um intensivo e concluísse os estudos, mas não houve tempo.