Rede Municipal de Corumbá inicia ano letivo dia 1º de março; Simted é contra retomada de aulas presenciais

Confirmado para o dia 1° de março o retorno das aulas na Rede Municipal de Ensino (Reme) de Corumbá. Porém, como no ano passado, os estudantes terão as aulas no sistema remoto, podendo ser acompanhadas pela plataforma digital. O sistema foi implantado devido à pandemia do novo coronavírus que causou a suspensão das aulas presenciais.

 

A gerente de Gestão e Políticas Educacionais da Secretaria Municipal de Educação, Maria Aparecida Dias de Moura, explicou ao Diário Corumbaense que o retorno das aulas será ainda remoto e de forma gradativa, se encaminhando para o sistema híbrido.

 

“A gente começa remoto. Desde segunda, os professores contratados, estão fazendo a adequação dos termos de compromisso, estão preparando acolhimento dos estudantes e as escolas estão fazendo acolhimento dos professores retornando agora. A partir do dia 1° de março, próxima segunda, os alunos vão conhecer as regras de como vai ser. Os pais estão sendo chamados, para assinar termo de compromisso, o que validará se os estudantes voltam quando as aulas presenciais iniciarem ou se vão ficar no sistema remoto. Para cada situação há que se entender o compromisso deles (pais) com a escola”, falou Maria Aparecida.

 

Plataforma digital

 

O contato será pela plataforma digital o qual os estudantes e professores já estavam utilizando desde o ano passado. “Dia 1° de março será o contato com os alunos, na plataforma todos os meios de comunicação serão disponibilizados nesse primeiro momento, onde haverá uma organização, para assim, duas semanas após o primeiro encontro virtual, eles vão organizar agendamento diário, uma vez por semana na escola”, explicou Maria Aparecida.

 

Ela ainda mencionou que cada turma vai ter diariamente atendimento de 20% da sua capacidade, número global de matrículas, isso a partir do dia 15 de março. “Faremos atendimentos presenciais agendados em grupos de até cinco alunos por turma, diariamente. Por exemplo, se a minha turma tem 20 alunos, por dia, o professor vai atender de 04 a 05 estudantes de forma presencial, para fazer sondagem aos alunos. Um processo normal quando há início do ano letivo”, disse. Além disso, outras maneiras de contato também estarão disponíveis, como pelo aplicativo WhatsApp. “Caso o aluno não tenha acesso à internet, como no ano passado, ele ou os pais poderão ir à escola para pegar as atividades deixadas pelos professores”.

 

Sistema híbrido

 

As aulas se encaminham para que o sistema híbrido funcione, ou seja, modalidade de ensino que combina práticas presenciais e remotas, por meio do uso de ferramentas digitais. Mas, isso só deve acontecer, dependendo da situação em que a cidade estará frente à pandemia, como por exemplo, a diminuição de internações de casos positivos e mortes em decorrência da doença.

 

“Como ainda estamos em plena pandemia, vamos colocar em prática o ensino híbrido, metodologia que combina a aprendizagem presencial e remota, permitindo que o aluno estude sozinho de forma online ou em sala de aula interagindo com os colegas e com o professor, seguindo todos os protocolos de prevenção. Vamos dividir as turmas com 50% de alternância semanal, metade da turma numa semana e outra na semana seguinte, porém, os que estejam na remota, atividades serão aplicadas a esses estudantes”, esclareceu a gerente de Políticas Educacionais.

 

O ensino híbrido é a modalidade de ensino, por meio do uso de ferramentas digitais. Nesse modelo, o estudante pode ter acesso a aulas online ou presenciais, já que a combinação delas pode estimular uma maior capacidade e interação social nos alunos.

 

Simted

 

O Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Corumbá (Simted) informou a este Diário que o posicionamento em relação ao início do ano letivo segue o definido pela Fetems. A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul decidiu, em assembleia geral, que o retorno das aulas presenciais será somente com a vacina para os profissionais de Educação.

 

Na assembleia, a Fetems deliberou que as escolas não têm condições plenas de segurança para receber os trabalhadores em educação e os alunos; faltam funcionários administrativos nas escolas para que os protocolos de segurança sejam cumpridos corretamente e o retorno das atividades presenciais só com a vacina. O Sindicato ainda argumentou que não quer ver no Mato Grosso do Sul o mesmo quadro enfrentado em Manaus (AM) e expressou a necessidade de manter as aulas remotas até que os profissionais sejam imunizados.