PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Com mais de 1,6 mil casos de dengue, Saúde chama atenção para risco de epidemia

Leonardo Cabral em 20 de Novembro de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

População precisa ajudar mantendo quintais limpos

Os números de casos notificados e positivos de dengue vêm crescendo a cada semana em Corumbá e preocupado as autoridades de saúde, colocando em alerta para uma epidemia da doença, como ocorreu no início deste ano, quando a cidade registrou quatro mortes em consequência da dengue.

Até agora, a cidade soma 4.030 casos suspeitos, destes, 1.671 foram confirmados. Os números são do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), publicado na última quarta-feira (18), da semana 46.

A Secretaria Municipal de Saúde vem trabalhando em ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor que também é a causa da febre chikungunya e zika vírus.

“A gente trabalha as ações de prevenção nos casos suspeitos, quando já é feita toda uma ação de bloqueio, não se espera a confirmação dos casos notificados para fazer as ações, por isso nosso termômetro são as notificações, onde temos números alarmantes no cenário atual. Tivemos uma epidemia, não só aqui, como no Estado todo, registramos quatro óbitos na cidade, realmente é muito preocupante”, falou a gerente de Vigilância em Saúde, Viviane Amettla.

Pelo período de estiagem forte que atingiu a região, neste ano, Viviane diz que os casos não deixaram de ser registrados. “Achávamos que não haveria notificação de dengue, mas ocorreu, lógico em menor escala. Agora, chamamos a atenção da sociedade na questão da dengue, zika e chikungunya, e arboviroses de preocupação urbana”, alertou a autoridade em saúde. 

Divulgação

Atenção aos reservatórios de água que podem ser criadouros do mosquito transmissor

Ela ainda ressaltou que nas últimas semanas, houve registro das outras doenças e por isso frisou sobre a prevenção. “Tivemos três casos notificados de chikungunya e nossa população é muito vulnerável, nunca tivemos epidemia da chikungunya, mas a situação é preocupante e por isso, a população precisa se aliar com a gente nesse combate. Choveu, vai até o quintal, veja a caixa de água, a calha ou qualquer recipiente que possa servir de criadouro para o mosquito. São medidas simples que fazem muita diferença e custam vidas”, pontuou ao Diário Corumbaense.

No começo de novembro foi feito o terceiro LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti). Foi identificada uma porcentagem muito alta do Aedes em reservatórios no nível de solo, que não é novidade no município, principalmente na parte alta, onde há grande número de caixas d'água por causa das interrupções no abastecimento. O município registrou índice de infestação de 2,6% enquanto o tolerável pela Organização Mundial da Saúde é 1%. 

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população tomar medidas que evitem a proliferação do mosquito transmissor.

A Secretaria de Saúde de Corumbá disponibiliza telefones para moradores também denunciarem locais, como terrenos baldios e imóveis abandonados, com possíveis focos. O anonimato é garantido. Os números são: 0800 647 2109 / 3233-2783.

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:

Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água;

Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;

Manter caixas d’agua bem fechadas;

Remover galhos e folhas de calhas;

Não deixar água acumulada sobre a laje;

Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;

Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;

Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;

Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;

Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;

Acondicionar pneus em locais cobertos;

Fazer sempre manutenção de piscinas;

Tampar ralos;

Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;

Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;

Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;

Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;

Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;

Catar sacos plásticos e lixo do quintal.