Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 09 de Outubro de 2020
O
MINEIRO
Pedro Aleixo dizia que o político esperto julga-se tão sabido que acaba
atolado na própria burrice. Usa cumplices para não sujar as mãos, contorna a
lei mas fica com o rabo preso na perigosa
teia que pode fritá-lo com documentos e informações na justiça. É igual ao mandante do crime que se torna
refém do matador de aluguel.
LAVA
JATO: Ela mostrou que a corrupção não existe sem o
corruptor e a participação de outra
pessoa ou agente. É o contador, motorista, compadre, secretária ou empresário
nesta ‘costura’. Se qualquer um deles abrir o bico a verdade virá a tona com a
habitual postura alarmante da mídia. Os
estragos irreversíveis e as noites de pesadelos terríveis.
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DEDOS: Sobrevivem no imaginário popular alguns
conceitos irônicos da conduta na vida pública: ‘Roubar pode, mas nem tanto’ –
‘Um pouco mais, um pouco menos, todos
metem a mão’ – ‘Tá pra nascer um honesto’ – ‘O certo é roubar e não ostentar’
–‘O mandato é curto, aproveite!’ - Roubando ou não o povo vai falar. Então
roube!’
CANDIDATOS?
Todos
são os defensores da moral e dos bons costumes. Os senhores da probidade
pública enfrentarão um orçamento reduzido e a recessão econômica num período
ainda em pandemia. Querem o poder! Prestígio, subsídios, cargos em comissão e,
essencialmente serem reeleitos em 2024.
(Claudio Henrique de Castro)
AVISO: Na
política apenas uma porta separa o paraíso do inferno. Os candidatos estão
conscientes do que o esperam além do eventual poder? Evidente, se eleitos,
ganharão notoriedade. Mas ainda como candidatos já se tornaram figuras públicas,
alvos de elogios, críticas e questionamentos sem limites tirando-lhes máscaras
e a maquiagem.
PARAÍSO:
Os números comparativos mostram: os religiosos são os campeões de
candidaturas. Entre pastores, pastoras,
bispos, bispas e assemelhados somam 8.600.
Ganham fácil dos militares - pouco mais de 3.500 candidatos. E com o
avanço religioso na política, o Estado Teocrático vai ficando cada vez mais
comprometido. Preocupante.
INFERNO:
O deputado Jamilson Name (sem partido) abatido com as prisões do seu pai e irmão
desde 2019 e pelas diligências policiais contra o vereador Ademir Santana (PSDB)
ligado a sua família. Com atuação parlamentar discreta até aqui e dependendo
das decisões judiciais, ele poderá até desistir de tentar a reeleição. É o que
se comenta.
MAQUIADOS: Os
certificados e diplomas nas paredes dos consultórios garantem a competência
profissional? Não. Mas eles figuram em currículos suspeitos, usados em concursos.
Aliás, pela internet se adquire
currículos invejáveis, material de tese em mestrado, doutorado e diplomas de
faculdades e até documentos diversos.
EXEMPLOS:
O ex-ministro Carlos A. Decotelli pôs no currículo títulos fajutos; o governador
carioca W. Witzel também. Agora o Des. Kassio Marques, indicado para o STF por
Bolsonaro maquiou o seu currículo. E pergunto: É confiável um ministro do STF
que não respeita o direito autoral - tomando como sua uma citação alheia?
‘BRAVA
GENTE’: Segredo de Estado. Qual é mesmo o ganho
mensal de vereador na capital entre salários e penduricalhos? (rimou) Explica-se aí o ‘interesse de servir’ dos 774 candidatos pelas 29 vagas. Mais de 15 deles já
passaram por lá, ocuparam cargos
eletivos ou de confiança. ‘Idealismo’ que marcou o personagem Justo Veríssimo.
DOUTRINAÇÃO:
Ex-deputado federal Xico Graziano (PSDB) denuncia o material didático do
‘Anglo’ sobre a visão errada que passa do agronegócio aos alunos, com tintas
cheias de ranço marxista. Sem elogios. O agricultor é mostrado como depredador
e explorador social. E onde estão os nossos políticos que não rebatem essa
barbaridade?
TAMBÉM
AQUI: Sem critério definido, cada partido usará o fundo
eleitoral de acordo com os interesses das lideranças. Exige-se apenas que as
campanhas das mulheres tenham o mínimo de 30% dos recursos aos candidatos à vereança
e que os negros não sejam preteridos. Fora disso, cada sigla decidirá quem será
beneficiado ou não.
LUPA:
O ritmo da campanha eleitoral sem
novidades. Na capital. Algumas carreatas na fase inicial e ações de adesivagem
de sucesso discreto. Não é difícil
prever como terminará. A Justiça
Eleitoral ainda não acordou sobre os riscos de abstenção enorme; o eleitor usará a desculpa do Covid para
faltar. Quando a Justiça acordar poderá ser tarde.
SAÚDE
& VOTO: Em todas as cidades há o funcionário da
saúde que atende bem. Postura que atrai elogios e melhora a sua autoestima para
ingressar na política inclusive. Nestas eleições, a pandemia é fator que está
impulsionando as candidaturas deste
pessoal à vereança principalmente, dando-lhes visibilidade. Muito bom!
‘SABERETAS’:
Presentes em todas ocasiões. Na cobertura dos incêndios do pantanal alguns jornalistas avançam o sinal na
abordagem. Viajam na maionese, defendem posições sobre o assunto complexo de
locais que conhecem só pelas fotos. André Trigueiro (Globo), por exemplo, está
sendo criticado no facebook pelas suas opiniões.
RIVOTRIL: Antes era a generosa 2ª. Turma do STF que votava beneficiando Lula em seus
processos. A gente sabe as razões. Mas o
presidente Luiz Fux cumpre a promessa de
continuar combatendo a corrupção e decidiu: as ações penais da Lava Jato
passarão a ser julgadas pelo plenário da corte. Enfim, as noites de insônia de
Lula continuarão.
AS
BESTAS: Liderança para Mao Tse – tung: matou de
38 a 48 milhões de chineses nos 26 anos de poder. Em seguida Stalin; em 30 anos liquidou de 9 a 20 milhões
de pessoas na Rússia. Por último Hitler que nos 11 anos mandando provocou a
morte entre 10 a 12 milhões de pessoas. O pior: todos eles ainda tem seguidores
fieis por aí.
MANOEL
CLAUDIO: ( ex-ator global) “Ser da esquerda é
fácil. Basta dizer ‘sou da esquerda’ e acabou. Você vira vagamente intelectual,
sensual, descolado, solidário. Mas se você diz ‘não sou da esquerda’ terá que
se explicar para o resto da vida. ‘Não sou de esquerda, mas não sou homofóbico,
não sou de esquerda, mas não sou racista”.
NO
FACEBOOK:
A vida ou o poder? A escolha é dos candidatos
Primeiro ano que não vou à Paris por causa do Covid.
Antes não ia por falta de grana.
O aquário do pantanal será lembrado no horário
eleitoral?
Um jornal vive da ficção de que todo dia acontece algo diferente (Jorge L. Borges)