Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 19 de Junho de 2020
ELEIÇÕES:
Vale a votação de cada partido. Os partidos
disputarão individualmente as vagas, ao contrário de antes com as coligações. É
o fim da carona dos partidos e dos
candidatos nanicos que terão menos chances de serem eleitos. Um candidato a vereador pode estourar na votação e não ser
eleito se o total de votos do partido não superar o quociente eleitoral – que é
a soma dos votos válidos dividida pelo número de vagas. Um exemplo: um
candidato a vereador tem 10 mil votos e os demais candidatos da sigla tem o
total de 5 mil votos. Sendo o quociente de 16 mil votos, ninguém será
eleito.
DETALHES:
Antes os partidos grandes usavam candidatos
‘fraquinhos’ sem chances e que funcionavam como ‘formiguinhas’ para eleger os
candidatos favoritos. Ocorre que esses candidatos cansados de ser usados estão
hoje em partido próprio com chances inclusive de serem eleitos. Pode ocorrer
que partidos ‘fortes’ não tenham sucesso e os ‘nanicos’ elejam candidatos.
Ainda: a nova regra resultará em muitos
candidatos a prefeito e as câmara municipais terão representantes de mais partidos
do que hoje.
A
MISSÃO: Ungido pelos cardeais petistas o
deputado Pedro Kemp (PT) carimbou o
passaporte para disputar a prefeitura da capital. Tentará compensar o vexame de
Alex em 2016 que obteve só 8.482 votos (1,99%) dos votos para prefeito; menos
que os 8.772 votos do candidato a vereador André Salineiro (PSDB) no
pleito. Lembrando: em 2004 o candidato a
prefeito Vander Loubet (PT) chegou aos 23% dos votos; em 2008 Pedro Teruel (PT)
bateu nos 23,23%); em 2012 Vander ficou
com 4,87% dos votos.
A
QUESTÃO: Haveria clima para campanha com tanta
gente ainda morrendo pelo país afora? Os prefeitos que vão para a reeleição, na
sua maioria, seriam contra o adiamento para não dar tempo maior a campanha dos
adversários. Mas a prorrogação envolve os interesses dos congressistas que
olham primeiro as suas bases eleitorais.
Detalhe: para passar na Câmara serão precisos 308 votos em 2
turnos. Portanto, esse ‘pré-acordo’ de
prorrogação pode ou não vingar.
EXPLICADO:
Publicadas na mídia declarações ‘indignadas’ de
políticos devido os foguetes disparados contra o STF. Duas delas chamaram
a atenção; dos ex-presidentes José Sarney (PMDB) e Collor de Mello. Pensando
bem, ambos têm razões de sobra para se solidarizarem com a corte onde vários
processos seus acabaram prescritos e em outros absolvidos. Mas convenhamos; a
imagem que a população tem do STF e seus ministros é ruim: vivem em ‘outra
galáxia’ . O estigma da corte tem sido crescente.
‘MARAVILHA’: Os custos da estrutura do poder; as benesses,
as mordomias dos ministros, a falta de
sensibilidade, o excesso de exposição na
mídia, a politização em decisões
atraíram a ira da população. O povo pode não entender de leis, mas faz a
sua leitura da situação nas pesquisas; 39% dos consultados classificam o STF
como ruim e péssimo. Os ministros agradam certos setores da plateia e mídia.
Mas quem acusa pode julgar? “A pior ditadura é a ditadura do poder judiciário.
Contra ela, não há a quem recorrer.” (Rui Barbosa)
‘UMA
MÃE’: É a imagem
do STF junto aos políticos. Denúncias por desvios de verbas públicas e
falsidade contra o sistema financeiro geralmente não dão em nada. A lentidão dos processos ajuda os réus com
foro privilegiado na prescrição das penas. E a favor deles mais uma mãozinha
amiga: com 70 anos réus são beneficiados
pelo Código Penal. Casos dos senadores José Serra (PSDB), Collor de Melo (PTC),
Jader Barbalho (MDB), ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB e a ex-senadora Marta
Suplicy (PT). Está explicado porque no país não há político contra o ‘foro
privilegiado’.
JEITINHO:
A pena acessória segue a pena principal. Uma é consequência da outra. A
inabilitação prevê a inegibilidade. Se há condenação do titular de cargo, deve
haver também a perda dos direitos políticos. Mas no caso da ex-presidente Dilma
(PT), o presidente da sessão do STF, ministro
R. Lewandowski ( indicado pelo ex-presidente Lula) optou por duas votações no
Senado; a primeira pela perda do cargo e a outra referente a perda dos direitos
políticos. E Dilma manteve seus direitos políticos. Mas o ex-presidente Collor
perdeu o mandato teve também os seus direitos políticos cassados.
TENTAÇÃO:
Alguns prefeitos querendo eleger o
sucessor ou se reelegerem, cometem excessos que dão ‘dor de cabeça’. Mas antes era pior; os abusos eram comuns na
falta de leis específicas. Prefeitos contraiam dívidas absurdas e o
sucessor tinham que saldá-las inviabilizando
a sua administração. A propósito estou lendo a cartilha do nosso Tribunal de
Contas com recomendações didáticas aos prefeitos para que neste ano eleitoral
não metam os pés pelas mãos. Com tantas informações e das condenações de ‘desavisados’, só não
caminha certo quem não quer.
PESQUISA
para prefeito de Campo Grande entre 10/14 de junho (1.200 entrevistados) pela
Ranking Comunicação e Pesquisa, registro MS 00405/2020.Na estimulada: Marcos
Trad 48,00% - Marcio Fernandes 4,25% -
Sergio Harfouche 4,00% – Pedro Kemp 3,08% - Dagoberto Nogueira 2,00% - Cris
Duarte 1,25% - Esacheu Cipriano 1,00% - Guto Scarpant 0,92% - Vinicius Siqueira
0,83% - Wilton Acosta 0,75% - Sergio Murilo 0,67% - Paulo Matos 0,33% - Mario
Fonseca 0,25% - Marcelo Bluma 0,17%. Não sabem/não responderam 30%.
REJEIÇÃO
ESTIMULADA: Dagoberto Nogueira 14,08% - Marcelo
Bluma 6,33% - Pedro Kemp 6,25% - Marcelo
Miglioli 5,58% - Marcos Trad 5,00% - Esacheu Cipriano 4,83% - Vinicius Siqueira
4,00% - Paulo Matos 3,50% -
Mario Fonseca 2,00% - Marcio Fernandes 1,50% - Sergio Harfouche 1,25% - Cris Duarte 0,75% - Guto
Scarpant 0,50% - Sergio Murilo 0,42% - Wilton Acosta 0,33%. Não sabem/não
responderam 43,68%.
AVALIAÇÕES
ADMINISTRATIVAS:
Do prefeito Marcos Trad - bom/ótimo 55,25% - regular 26,50% -
ruim/péssimo 13,08% - não sabe/não respondeu 3,34%. Governador Reinaldo Azambuja: bom/ótimo
29,50% - regular 36,42% - ruim/ péssimo
27,83% - não sabe/não respondeu 6,25%. Presidente Bolsonaro: Bom/ótimo 30,33% -
regular 27,08% - ruim/péssimo 39,25% - não sabe/não respondeu 3,34%. Da Câmara
Municipal de Campo Grande: Bom/ótimo 25,33% - regular 34,67% - ruim/péssimo
22,75% - não sabe/não respondeu 17,25%.
PESQUISA
& COVID-19: Na capital 77,25% usam máscara: 15,58%
não usam. Sobre a reabertura das escolas 75,08%
a favor e 20,50% contra. Auxílio
emergência: 47% pediram e deles 76,00%
receberam. Cerca de 52,83% não solicitaram
o auxílio. Medo: 41,00% admitem muito
temor; 15,33% apenas pouco medo; Cerca de 62,42% admitem que o número de
contaminados seja maior que o divulgado; 17,75% que é menor. Isolamento: só
5,34% isolados em casa; 28,83% saindo só
o inevitável; 52,00% tomando remédio e trabalhando e 13,00% seguindo a rotina
antes da pandemia.
‘VIDA
REPAGINADA’: “A vida seguia seu curso como um rio
que teria destino certo, o mar. Porém, algo acontece, o curso é mudado, pedras
surgem pelo caminho e aquilo que estava certo – o deságue do rio no mar -, de
repente, não é mais tão certo assim. De fato, a pandemia desconfigurou os
sonhos de muitas pessoas, se não de todas...(-) Presenciar a vida neste momento
é torna-la presente, sem tentar fugir para o passado, que não existe, ou para o
futuro que se mostra incerto...” (Adriano Gonçalves, missionário - formado em
filosofia e psicologia)
LIDERANÇAS:
Nab Abi Chedid reinou por décadas em
Bragança Paulista. Em 1958 se elegeu vereador e deputado estadual em 1962 na
primeira das 10 eleições vitoriosas. Ligado ao futebol levou o Bragantino ao
título de campeão paulista de futebol em 1990 e de vice campeão brasileiro em
1991. Hoje o estádio da cidade leva seu nome. Foi presidente da Federação
Paulista de Futebol e da CBF. Foi
filiado ao PRP, Arena, PDS, PFL, PSD, PTB; foi presidente da Assembleia
Legislativa de São Paulo; faleceu em 2006 de câncer pulmonar. Jesus Chedid,
imão de Nabi é o atual prefeito de Bragança e o
sobrinho Edmir Chedid cumpre o 6º mandato de deputado estadual em São
Paulo.
MARACAJU: O
prefeito Murilo Azambuja recebeu 56,25% de bom/ótimo para sua administração,
27,50% de regular e 13,00% de ruim (3,25% não sabe/não respondeu) na amostra da
Ranking Comunicação e Pesquisas ouvindo 400 pessoas entre 12 e 14 de junho;
registro MS 02897/2020. Para prefeito (estimulada): Lenilson 24,25% - Giovana
Corrêa 18,00% - Marcos Calderan 14,50% - Jeamilton 12,75% - não sabe/respondeu
30,25%). Avaliação do Governador Reinaldo Azambuja (PSDB): 32,25% boa/ótima –
regular 35,75% - ruim 28,00% - não sabe/não respondeu 4,00%. Presidente Bolsonaro: ótima e boa 44,00% - regular
26,75% - ruim/péssimo 26,00% - não sabe/não respondeu 3,25%.
"A pior ditadura é a ditadura do poder judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer” (Rui Barbosa)